19 de Outubro de 2024 • 16:50
Cotidiano
Parte desse efetivo tenta, desde ontem (7), capturar os dois suspeitos de terem atacado a redação do semanário satírico Charlie Hebdo e matado 12 pessoas, incluindo dois policiais
Mais de 88 mil agentes das forças de segurança pública da França estão diretamente envolvidos nas ações de vigilância, prevenção e proteção dos cidadãos, instalações e do território francês. Parte desse efetivo tenta, desde ontem (7), capturar os dois suspeitos de terem atacado a redação do semanário satírico Charlie Hebdo e matado 12 pessoas, incluindo dois policiais.
Poucas horas após o ataque ao jornal, no centro de Paris, o governo francês elevou ao máximo o nível de alerta do plano interministerial contra o terrorismo, chamado de VigiPirata. Uma verdadeira operação de guerra foi acionada para tentar evitar possíveis novos ataques. Nove pessoas já foram presas.
Segundo o Ministério do Interior, há 88.150 agentes estrategicamente espalhados: 50 mil policiais militares, 32 mil gendarmes, 5 mil integrantes de forças móveis e 1.150 militares.
Durante reunião do gabinete de crise interministerial, hoje (8), em Paris, o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, agradeceu o empenho dos homens e mulheres mobilizados e lamentou que um deles, uma policial, tenha sido morta durante tiroteio no sul de Paris, em circunstâncias ainda não esclarecidas.
Hoje, em Brasília, funcionários e frequentadores da embaixada francesa fizeram minuto de silêncio em homenagem às vítimas do Charlie Hebdo. Ao fim da homenagem, o embaixador Denis Pietton se referiu à manchete do jornal francês Le Monde desta quinta-feira como uma síntese do momento que a França atravessa e dos desafios que os franceses enfrentarão.
“Livres, de pé e juntos. Temos a sorte de viver numa sociedade livre, e temos de defender essa liberdade, sabendo que isso sempre tem um preço”, discursou o embaixador, afirmando que há décadas a França é alvo de terroristas contrariados com o “compromisso inflexível” do país com a liberdade e a diversidade. “Estamos e permaneceremos de pé, como povo e indivíduos. E devemos permanecer juntos, porque os valores da República francesa - Liberdade, Igualdade e Fraternidade -, que nos unem, são muito mais fortes do que as nossas divisões de qualquer natureza”, ressaltou.
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