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A tarifa de energia residencial no Brasil, descontados os impostos, passou a ser a quarta mais barata entre 18 países, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia (Abradee). Após a medida provisória 579, que prorrogou as concessões de geração e transmissão de energia elétrica e reduziu os encargos setoriais, a tarifa média passou para US$ 14,9/kWh. Antes, o Brasil estava na 12ª posição no grupo dos países com energia mais cara, com a cobrança média de US$ 18,2/kWh. Estão na frente do Brasil os Estados Unidos, a França e a Finlândia.
O porcentual de cobrança de tributos e encargos na tarifa de energia no Brasil é de 28%, segundo a Abradee. "O Brasil tem alíquota significativa de encargos. Não é das maiores, mas também não é das menores", avaliou o presidente da Abradee, Nelson Leite.
Questionado sobre previsões para o ano que vem, Leite afirmou que o período chuvoso atual é "muito mais favorável que o anterior". A pesquisa leva em conta dados de 2012 de todos os países. No caso do Brasil, entretanto, também considera os dados após a revisão tarifária em 2013.
Indústria
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Em relação à tarifa da indústria, o Brasil deixou de ser o quinto País, entre os 18 pesquisados, com o maior custo de tarifa industrial sem impostos, e passou a ser a ser o oitavo país com menor custo de tarifa de energia elétrica industrial, descontados os impostos.
Preços melhores que os brasileiros foram observados nos Estados Unidos, Finlândia, Noruega, Suécia, França, Holanda e Dinamarca. Antes da revisão tarifária no Brasil, com a MP 579, o País cobrava uma média de US$ 13,9/kWh. Após a mudança, a média passou para US$ 11,3/kWh. Os Estados Unidos, que tem a energia mais barata entre os 18 países pesquisados, cobra US$ 6,5/kWh. O presidente da Abradee atribui essa diferença à política industrial dos norte-americanos e ao uso do shale gas (gás de xisto ou gás de folheto) naquele país.
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