20 de Setembro de 2024 • 01:33
As urnas foram abertas hoje (18) no Egito para eleger, durante um mês e meio, um Parlamento que deverá reforçar o apoio do presidente Abdel Fattah Al Sissi devido à ausência de qualquer oposição, violentamente reprimida.
As eleições legislativas no Egito, que oficialmente começaram ontem (17) com os votos dos egípcios no exterior, ocorrem na primeira fase em apenas 14 das 27 províncias do país e só devem estar concluídas em 2 de dezembro com a escolha dos 596 deputados. O Egito tem cerca de 53 milhões de eleitores.
Numa assembleia de voto instalada numa escola primária do bairro de Haram, no centro da capital, cerca de 40 eleitores entraram nesta manhã para votar, de maneira separada, com mulheres para um lado e homens para outro, conta a AFP.
Destas eleições resultará o primeiro Parlamento eleito desde que Al Sissi, ex-chefe do Exército, destituiu em 3 de julho de 2013 o islâmico Mohamed Morsi, primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, e reprimiu qualquer oposição islâmica, laica e liberal.
Os candidatos a estas eleições legislativas apoiam na quase totalidade o marechal na reforma Al Sissi, eleito com uma votação confortável em maio de 2014.
Desde a destituição em 13 de julho de 2013 de Morsi, o regime de Al Sissi matou mais de 1,4 mil manifestantes islâmicos que pediam o regresso do presidente e prendeu mais de 15 mil membros dos Irmãos Muçulmanos.
Centenas, incluindo Mohamed Morsi, foram condenados à morte em processos sumários, denunciados pela Organização das Nações Unidas (ONU).
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