Paulo Henrique: 'Pessoas até acorrentam seus pertences na haste do toldo do SAMU, onde ficava uma ambulância' / Divulgação
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Em plena pandemia de Covid, quando as administrações lutam não só por vacinas, mas por espaços estratégicos para atendimento à saúde da população, a Prefeitura de São Vicente fecha a Base Descentralizada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Gonzaguinha.
"O Posto de Saúde também está fechado. Tirei essas fotos ontem (quarta-feira), às 15 horas. Foram inaugurados há praticamente um ano pela gestão anterior (Pedro Gouvêa), em setembro de 2020. Olha o absurdo! Não poderiam estar sendo usados de apoio para vacinação? Equipamentos de Saúde novos sendo abandonados assim?", indaga o enfermeiro vicentino Paulo Henrique dos Santos Herdeiro.
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O profissional da saúde alerta para outro problema, só que de cunho social: pessoas em situação de rua que deveriam ser assistidas e encaminhadas para atendimento humanizado. "Os postos viraram a moradia. Lembrando que fica um posto móvel da Guarda Municipal ali ao lado, na Praça Tom Jobim, e nada fazem. As pessoas até acorrentam seus pertences na haste do toldo do SAMU onde, em um passado nada distante, ficava uma ambulância", finaliza.
Procurada, a Prefeitura informa que a base foi fechada porque a menos de dois quilômetros existe uma outra base, localizada no Itararé. Além disso, a base do Gonzaguinha não tinha a infraestrutura necessária para manter uma equipe, com problemas no sistema de água e esgoto, e não atendia estrategicamente o serviço de atendimento.
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Já o posto de enfermagem foi fechado, justamente em razão da pandemia, uma vez que a unidade funcionava apenas para controle de hipertensão e diabetes, com baixa procura dos usuários. Os profissionais foram direcionados para unidades que estão aplicando as doses da vacina contra a Covid-19 e Influenza, reforçando o time de profissionais nestes locais. São Vicente conta com 26 unidades entre unidades Básicas de Saúde e estratégias de Saúde da Família.
Quanto aos moradores em situação de rua, com um diálogo humanizado em toda a cidade, a equipe tem cadastrado estes moradores e os orientado a buscarem os abrigos municipais, com a possibilidade de serem reintegrados à sociedade e voltarem as suas cidades de origem. Nestas abordagens, é oferecida a opção de encaminhamento ao Centro de Atendimento Especializado de Assistência Social (Pop), onde é oferecido atendimento com assistentes sociais, alimentação, banho, roupas e kits de higiene.
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