Henrique Gainete Plácido da Silva (49), bel.escrevente técnico judiciário de Santos / Igor de Paiva/Diário do Litoral
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Neste dia 08 de dezembro é comemorado mais um Dia da Justiça. A data foi instituída no país pelo Decreto-Lei nº 8.292/1945 e visa homenagear todas as pessoas que atuam no devido cumprimento da justiça brasileira. E, para falar sobre o assunto, a Reportagem conversou com Henrique Gainete Plácido da Silva (49), que é bel.escrevente técnico judiciário em Santos.
Um escrevente técnico judiciário trabalha no encaminhamento dos processos conforme as decisões e despachos dos juízes, além de transcrever tudo o que acontece nas audiências. Logo, é o profissional que trabalha mais próximo dos magistrados.
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Especificamente sobre o Dia da Justiça, Da Silva disse que há bastante coisa a comemorar, mas cita que muitos colegas de trabalho sequer tem ciência da importância da data.
"Muitos nem sabem que para a categoria é feriado. A data foi criada para nos prestigiar, já que é uma função muito bonita e importante no país. Acho que, pelos últimos avanços, temos bastante coisa a comemorar sim", comenta.
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O escrevente lembra que, antigamente, as salas do Judiciário, por exemplo, não tinham ar condiconado e, tampouco, eram confortáveis, e cita que houve um avanço neste sentido, melhorando as condições de trabalho e de receptividade do público.
"Antes eram máquinas de escrever, salas quentes ou o funcionário tinha que levar o seu ventilador. Hoje é tudo moderno, climatizado e informatizado, com uma parte trabalhando em casa e a outra in loco, mantendo a mesma eficiência à população. São coisas que podem parecer pequenas, mas que representam muito para nós, servidores públicos", comemora.
Questionado se a justiça está acessível a todos, o escrevente disse que, hoje, está.
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"Por exemplo: uma pessoa chega no Poupatempo para tirar antecedentes criminais e é verificado que ela teve um processo lá atrás. Direcionada ao Tribunal, ela já terá uma certidão de objeto e pé, dá entrada novamente no Poupatempo, que transmite à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, que libera o documento. Tudo isso em cinco dias. Antigamente isso não existia", lembra.
A defasagem de escreventes técnicos é colocada por Da Silva como o principal ponto a ser melhorado, com mais profissionais sendo preparados para o cargo.
"Hoje não somos muitos e precisamos de mais concursos. Está faltando gente. Simples. Com mais escreventes a qualidade no andamento processual melhora. Toda a engrenagem melhora, e o atendimento às pessoas fica ainda mais efetivo e veloz", finaliza.
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