Cotidiano

50 ônibus são depredados durante greve no Rio

No Centro da cidade, milhares de pessoas que desembarcam dos trens da SuperVia permanecem nos pontos esperando ônibus para seguirem para o trabalho

Publicado em 08/05/2014 às 10:38

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A zona oeste do Rio de Janeiro é a região da cidade mais afetada pela paralisação dos motoristas de ônibus, iniciada no primeiro minuto desta quinta-feira, 8. Cerca de 50 ônibus foram apedrejados ou depredados por grevistas, a maioria deles das viações Jabour (cuja garagem fica em Senador Vasconcelos) e Redentor (em Jacarepaguá).

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Desde o início da manhã, vários piquetes prejudicam o trânsito na região. Por volta das 8h30, grevistas fecharam duas das três pistas da pista sentido Barra da Tijuca da Avenida Ayrton Senna, na saída da Linha Amarela. Eles tentaram evitar que um ônibus passasse pelo local, mas foram contidos por uma viatura da Polícia Militar. Já o BRT TransOeste (corredor exclusivo para ônibus articulados), que liga a Barra da Tijuca a Campo Grande, circula com 60% da capacidade.

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Perto dali, outra manifestação fechou mais cedo a Avenida Edgard Werneck, em Jacarepaguá. Poucos ônibus comuns circulam pelo bairro. Os pontos estão lotados. Os ônibus executivos, conhecidos como frescões, circulam cheios, com passageiros em pé. Os motoristas que não aderiram à greve estão trabalhando sem uniforme.

No Centro da cidade, milhares de pessoas que desembarcam dos trens da SuperVia permanecem nos pontos esperando ônibus para seguirem para o trabalho.

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Já a estação Central do metrô está com controle de acesso de passageiros para evitar confusão. A concessionária suspendeu a venda dos bilhetes de integração metrô-ônibus nesta quinta. Os ônibus do sistema metrô na superfície também não estão circulando. A concessionária informou que está operando com sua capacidade máxima para atender à demanda. O horário de pico será estendido até 21h15.

Mais depredação

Um grupo de homens depredou um ônibus na Rua Teodoro da Silva, em Vila Isabel, zona norte da cidade, por volta das 7h30 desta quinta-feira, 8. De acordo com o motorista que se identificou apenas como Fabio, o grupo estava em um carro particular. Seriam, segundo testemunhas, rodoviários envolvidos com a greve Ada categoria, e não passageiros revoltados a com a falta de condução para chegar ao serviço.

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"Eles me fecharam e jogaram a pedra no para-brisas. Me fizeram abrir a porta e levaram a chave. Não consigo nem tirar o ônibus daqui", afirmou.

Para soltar a chave do veículo, que fica presa no painel, os manifestantes usaram uma faca para cortar o cabo.

O ônibus, que seguia de Jacarepaguá, na zona oeste, para o centro, parou no meio do caminho. "Meu único medo era que eles fizessem alguma coisa na serra (estrada que liga os bairros do Grajaú, na zona norte, a Jacarepaguá), porque os passageiros poderiam ficar desesperados.

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Funcionário da empresa Transportes Barra há 12 anos, Fábio começou como motorista e hoje trabalha em uma função administrativa. Ele disse que defende a greve, iniciada à meia noite desta quinta-feira, 8, mas discorda das ações violentas. Por causa da paralisação, precisou voltar para as ruas. "Quem fez isso (depredou o ônibus) vai ganhar o mesmo aumento que a gente (que continua trabalhando). Não precisa dessa violência. Todo mundo sai prejudicado", disse.

Para fugir de depredações e engarrafamentos, alguns motoristas de diversas linhas de ônibus mudam de rota em busca de trajetos alternativos.

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