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Guarujá sediará a 3ª Semana da Mata Atlântica, de 27 a 29 de maio, reunindo representantes locais e dos nove municípios da Baixada Santista, além de órgãos especializados que apresentarão projetos e atividades já desenvolvidas em suas cidades. O objetivo é enfrentar o desafio de conciliar o desenvolvimento com a preservação dos recursos naturais e o meio ambiente, inserindo a população nesse contexto.
A abertura será na próxima quarta-feira, às 19 horas, na Unaerp (Avenida Dom Pedro I, 3.300 - Enseada). Na quinta-feira serão desenvolvidas atividades pontuais e permanentes nos municípios participantes. Cada cidade fará suas atividades envolvendo o público especifico. O encerramento do evento ocorre na sexta-feira, também na Unaerp, ocasião em que será realizada uma mesa redonda com debates de propostas apresentadas para a preservação e ampliação da Mata Atlântica remanescente na Baixada Santista. Estão previstas as participações da secretária Estadual de Meio Ambiente, Patrícia Iglecias, na abertura, e a do secretário estadual de Turismo, Roberto de Lucena, no encerramento.
Os representantes dos municípios poderão apresentar novas ideias de atividades e estudos, que estimulam os munícipes a se tornarem protagonistas de programas e projetos voltados a sustentabilidade, com a mensagem principal do evento: “O Homem envolvido pelo Bioma Mata Atlântica”.
Para o secretário de Meio Ambiente de Guarujá, Adilson Cabral, a Mata Atlântica representa um patrimônio natural de valor imensurável para a sociedade. “Neste sentido, a realização da Semana da Mata Atlântica de cunho regional serve para reafirmar esta importância, bem como potencializar as ações de preservação e recuperação do bioma à partir da articulação dos municípios da Baixada Santista.”
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Segundo o diretor de Meio Ambiente da Prefeitura de Mongaguá, Adriano Donatti, as ações têm que ser feitas para facilitar o equilíbrio ecológico. “A semana chama a responsabilidade para os municípios cuidarem desse bioma tão importante. Nessa primeira reunião entre os interlocutores foi definido um formato mais coerente, possibilitando atividades em todas as cidades, integrando a comunidade com a Mata Atlântica.”
O objetivo principal da 3ª Semana da Mata Atlântica é tornar o que foi pensado e proposto durante o evento em ações regionais, em toda a Baixada Santista, que contribuam para a preservação do bioma (conjunto formado pelo clima, vegetação, hidrografia e relevo de uma determinada região).
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“É importante que os municípios venham a entender, de forma conscienciosa, que cada cidade é parte integrante da Região Metropolitana e que habitamos a Mata Atlântica. Com base nesse princípio, temos que pensar e repensar a manutenção desses biomas, que são a nossa Mata e o Oceano Atlântico”, disse o analista de planejamento da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem), Francisco Gomes da Costa Neto.
Essa preocupação com a preservação da Mata Atlântica é lembrada pela secretária de Meio Ambiente de Bertioga, Marisa Roitmamn. A Cidade mantém intacto 97% do seu bioma: matas ciliares, restingas, o jandú, mangues e a Mata Atlântica. “Esse é o grande desafio: transformar esse passivo ambiental em ativo, promover o desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente e justiça social”. Marisa aposta no turismo sustentável e na educação ambiental, como ferramentas para preservar a natureza para as gerações futuras. “Temos que compatibilizar o desenvolvimento com a preservação dos ecossistemas. O lucro será de todos. É possível ter qualidade de vida, preservação do meio ambiente e desenvolvimento econômico”, afirma Marisa Roitman.
A 3ª Semana da Mata Atlântica é organizada pelo Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), por meio da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem), com a participação dos nove municípios da Baixada Santista. A coordenação da edição deste ano é de responsabilidade da prefeitura de Guarujá.
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Patrimônio da humanidade
É o segundo bioma mais importante do País. É tombado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como patrimônio histórico da humanidade, devido a sua biodiversidade. Ela abrange quase toda a costa do Brasil, além de partes do Paraguai e da Argentina. É considerada a mais rica entre as florestas tropicais úmidas de todo o planeta e possui diversas espécies endêmicas, como o mico-leão-dourado e a onça-pintada, ameaçados de extinção. A partir da colonização europeia, no século XVI, a Mata Atlântica passou por intenso processo de desmatamento. Na época, o pau-brasil foi o principal alvo de extração e exportação. Atualmente, no Brasil, resta menos de 10% da cobertura vegetal original, a maior parte na Serra do Mar.
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