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Terminou no sábado, 13, a terceira edição do Mirada - Festival Ibero-americano de Artes Cênicas de Santos. Organizado pelo Sesc o evento levou 40 espetáculos a sete regiões da baixada. Segundo a produção, cerca de 70 mil pessoas circularam pelas atrações.
Uma das características comuns entre algumas montagens da programação foi o misto de linguagens. Isso ficou evidente em Chapeuzinho Galáctico, do grupo espanhol Insectotròpics, que, por usar o já conhecido enredo de Chapeuzinho Vermelho, permitiu que o público se concentrasse na intersecção de artes: enquanto uma atriz interpretava a protagonista, um telão exibia vídeos e outro espelhava desenhos feitos por dois artistas em uma mesa que também compunha a área cênica.
A companhia São Jorge de Variedades, que fez a estreia de Fausto com direção de Claudia Schapira e Georgette Faddel, também usou diversas técnicas para encenar o clássico de Goethe: a peça tinha música ao vivo e imagens bem produzidas projetadas em um telão. O espetáculo tem temporada no Sesc Pompeia, em São Paulo, a partir do próximo dia 25.
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Além destas, outras peças fizeram uso, sobretudo, de vídeos, como a chilena A Imaginação do Futuro e a mexicana Banhos Roma. Uma das montagens de maior impacto, no entanto, optou pela simplicidade. Do país homenageado da edição, o Chile, veio Castigo. O grupo La Memoria se baseou em O Filho da Criada, texto autobiográfico de Strindberg, para tratar dos abusos e atos violentos que ocorrem na esfera familiar. Com cenário realista, os atores transmitiam a tensão do ambiente por meio do silêncio.
Algumas das peças internacionais se apresentam em São Paulo no projeto Extensão Mirada.
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