Aumento de 16,8% foi influenciado pelas tarifas de energia elétrica residencial / Marcello Casal Jr / Agência Brasil
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No último mês de fevereiro a inflação oficial do Brasil ganhou força e atingiu 1,31%, ante alta de 0,16% apurada no mês anterior, mostram dados publicados nesta quarta-feira (12).
O aumento de 16,8% foi influenciado pelas tarifas de energia elétrica residencial, cuja variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é a maior para o mês desde 2003.
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Alinhada com as expectativas, a taxa de 1,31% é a maior para fevereiro em 22 anos. Em 2024, a variação foi de 0,83%, já na comparação entre todos os meses, a inflação é a mais elevada desde março de 2022 (1,62%).
O IPCA acumulado em 12 meses voltou a superar os 5%, cujo o avança de 5,06% dos preços entre março de 2024 e fevereiro de 2025 é o mais alto desde o período finalizado em setembro de 2023 (5,19%) No ano passado, a inflação anual acumulada até fevereiro foi de 4,51%.
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A variação anual do IPCA segue acima do teto da meta, onde a aceleração, o índice oficial supera, pelo quinto mês consecutivo, o limite de tolerância 1,5 ponto percentual definido para a inflação deste ano.
Com a meta estabelecida em 3%, o CMN (Conselho Monetário Nacional) determina que o índice deve variar entre 1,5% e 4,5%.
O Banco Central prevê inflação acima de 4,5% até junho, sem a perspectiva de desaceleração dos preços, a autoridade monetária admite que vai precisar se justificar, no meio deste ano, o estouro do IPCA por conta da alteração dos regimes de metas.
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As explicações passam a ser necessárias sempre que a inflação ultrapassar o teto por seis meses consecutivos.
A Energia elétrica residencial ficou 16,8% mais cara, o resultado representa uma recomposição do desconto concedido nas contas de luz de janeiro, por conta da distribuição do saldo positivo da Hidrelétrica de Itaipu. Na ocasião, os preços caíram 14,2%, segundo o mesmo IPCA.
O "Bônus Itaipu" beneficiou 78 milhões de clientes, onde a projeção hidrelétrica considera o desconto entre R$ 16,66 e R$ 49 nas tarifas residenciais rurais.
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O benefício chegou ao bolso de todos os que tiveram consumo inferior a 350 quilowatts-hora (kWh) em ao menos um mês de 2023. Ele foi aplicado nas contas de julho deste mesmo ano. Na ocasião, o valor das faturas de energia recuou 3,89%. No mês seguinte, as tarifas subiram 4,59%, mostra o índice oficial de preços.
No último dia 4 de fevereiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que impede o reajuste de 6% na tarifa de energia de Itaipu.
A medida, publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (5), permite que a ENBPar, empresa responsável pela gestão da energia da usina, crie uma reserva técnica financeira para evitar aumentos nas tarifas repassadas aos consumidores.
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*Com informações do Uol.