Paulinho não foi o responsável pela demissão do jornalista Rodrigo Bocardi da TV Globo / Reprodução
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Atenção Baixada. É muita pretensão ou ingenuidade acreditar que Paulo Wiazowski Filho, o Paulinho, foi o responsável pela demissão do jornalista Rodrigo Bocardi da TV Globo, por causa de uma fotografia de ambos juntos, conforme especuladores de redes sociais, um monte de famigerados ‘influencers’, portais de entretenimento e até de notícias estão publicando.
Somente nos últimos dias, dezenas de motivos foram expostos e claro que a ‘versão Paulinho’ chamou a atenção, apesar de não ter se sustentado por muito tempo. Não é todos os dias que temos um político que derruba um jornalista, apesar das tentativas serem imensas e, muitas delas, bem sacanas.
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Na verdade, acredita-se mesmo é que Paulinho está passando por uma simples, mas dolorosa, ‘maré de azar’, que ganhou mais uma ‘onda’ dentro de inúmeras outras como a do ano passado, quando Paulinho venceu as eleições mas permanece até hoje em um salva-vidas preso à cintura circulando a cadeira do executivo Mongaguaense.
Pouca gente se lembra mas essa má sorte de Paulinho remonta 2012, quando ele foi reeleito prefeito mas não assumiu por propaganda irregular. Nesse mesmo ano, o advogado Renato Carvalho Donato foi candidato a vereador apoiando Paulinho e, por força do destino, Donato é da coligação Mongaguá Sempre em Frente, responsável pela atual ação que pediu a impugnação de Paulinho nas últimas eleições.
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E a história não para. Passados alguns anos de conturbadas trocas de prefeitos, em 2018, a esposa de Paulinho, Cristina Wiazowski, foi candidata a vice do mesmo Renato Donato, que ficou em segundo lugar, numa eleição invalidada por conta de uma decisão judicial que reconduziu Márcio Cabeça à vice-prefeito e depois prefeito por conta do afastamento de Arthur Parada Prócida (PSDB), preso com R$ 5,3 milhões em casa, durante a operação Prato Feito, da Polícia Federal, sendo depois inocentado pela Justiça.
Dois anos depois (2020), Paulinho resolve apoiar o segundo mandato de Márcio Cabeça e, nas eleições de 2024, abandona o apoio e se lança candidato contra o escolhido de Cabeça, vencendo as eleições com 14.459 votos.
No entanto, com Bocardi ou não, Paulinho ratifica sua má sorte ao encontrar pela frente uma decisão do ministro André Mendonça, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que julgou recurso especial de Paulinho e, assim mesmo, indeferiu sua candidatura por ter contas rejeitas pela Câmara de Vereadores por irregularidade e improbidade administrativa enquanto prefeito.
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Agora, o recurso de Paulinho será avaliado de forma colegiada, pelo Plenário do TSE, cujo julgamento está previsto para os próximos dias.
Hoje, Mongaguá está sob a batuta do presidente da Câmara, Luiz Berbiz de Oliveira, o Tubarão (União), até que a Justiça tome uma decisão ou outra eleição se realize. Tomara que Paulinho tenha sorte desta vez!!