O Museu da Pesca fechou suas portas há, aproximadamente, 12 meses / Nair Bueno/Diário do Litoral
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As informações extraoficiais, mas que ecoam principalmente nos corredores do Palácio José Bonifácio, sede do Executivo santista, dão conta que a sugestão de transformar o complexo do Escolástica Rosa numa escola cívica-militar seria apenas uma cortina de fumaça, pois o alvo do Governo do Estado, com apoio de parlamentares da região atrelados ao governador Tarcísio de Freitas, seria o Museu de Pesca.
Desde que a deputada federal Rosana Valle (PL) anunciou a ideia de tornar o Escolástica uma escola militar, uma ampla resistência foi instalada na Cidade, a começar pela Diretoria Executiva do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), por intermédio da professora Sonia Maciel, rechaça a possibilidade. Até uma audiência pública foi realizada, sem qualquer resultado prático.
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A mudança de alvo – do Escolástica para o Museu – aconteceu porque o segundo equipamento é patrimônio do Estado e não precisaria gastar dinheiro, visto que o imóvel já está com suas reformas estruturais – hidráulicas e elétricas - praticamente finalizadas.
O museu, que pertence ao Instituto de Pesca, da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado, teve ainda janelas e esquadrias substituídas, restauro das portas e reforma do telhado. Também passou por obras de acessibilidade e agora possui rampas de acesso e elevador.
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As obras iniciaram em outubro de 2022. A expectativa é que o museu seja reaberto no segundo semestre deste ano. Num evento realizado antes do fechamento, foi assinada uma autorização para elaboração do projeto museológico e de restauro do espaço que seria por intermédio da iniciativa privada.
A proposta de revitalização do Museu de Pesca teve como objetivos a ampliação e modernização de seus espaços e da atuação junto à comunidade. Se o espaço se tornar escola de milico, um desses objetivos não será cumprido.
Vale lembrar que o Museu é espaço para difusão do conhecimento e diálogo com a sociedade, ressaltando a relação entre o ser humano e o mar, bem como resgatando a tradição das comunidades pesqueiras da região e o desenvolvimento das tecnologias aplicadas nessa atividade. Dentre as atrações, há um esqueleto de baleia com 23 metros de comprimento, lulas gigantes, Sala da Praia, Ala Lúdica, animais taxidermizados e uma grande coleção de areias de praias do Brasil e do mundo.
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