O termo “vinho de guarda” está ligado ao potencial de guarda, ou seja, quanto tempo é recomendado para a garrafa ficar guardada em seu estado original até o momento de consumo. Hoje 90% dos vinhos disponíveis no mercado são para consumo imediato e apenas 10% são vinhos de guarda.
O potencial de guarda dos vinhos é resultado da soma de diversos fatores que incluem o solo, o clima e a localização geográfica do vinhedo, assim como a escolha da uva e o conhecimento do enólogo responsável pela elaboração do rótulo.
As cepas tintas com bom potencial de guarda são basicamente a Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Grenache, Mourvèdre, Syrah, Petit Verdot, Tannat, Carignan, Sangiovese, Tempranillo e Nebbiolo. E entre as castas brancas destacam-se Chardonnay, Grenache Blanc, Chenin, Sémillon, Muscadelle, Gewurztraminer, Riesling e Roussanne.
O processo de produção também tem peso no potencial de guarda. Rótulos tintos beneficiam-se de uma boa extração dos taninos durante a maceração da uva. Já nos rótulos brancos um bom nível de acidez é fundamental.
Durante o período de guarda o vinho passa por um processo de micro-oxigenação que ocasiona alterações na cor. Vinhos tintos adquirem uma coloração mais alaranjada, próxima do tijolo. Vinhos rosés também ganham nuances alaranjadas mais intensas. Vinhos brancos e espumantes adquirem uma coloração dourada com nuances de âmbar. Já os vinhos fortificados apresentam coloração castanha.
“Embriaga-te sem cessar! Com vinho, com poesia e com virtude”
Charles Baudelaire