Repórter da Terra

Preço dos alimentos desaba no campo, mas redução não chega ao consumidor

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O preço da saca de 50 quilos de milho desabou. No Mato Grosso, o valor caiu 60% só nos últimos três meses. Há um ano, a saca valia R$ 110,00. Hoje, a mesma porção do cereal beira os R$ 30,00, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Milho. E a remuneração dos pecuaristas também está derretendo. Segundo a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), os preços pagos aos produtores pelos frigoríficos caíram 42% em 2023. Há um ano, a arroba do boi gordo valia R$ 320,00. Hoje, conforme apurado pelo Instituto de Economia Agropecuária do Mato Grosso, o gado é vendido por pouco mais de R$ 200,00 a arroba.

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O problema é que esse derretimento dos preços na porteira das fazendas está sendo engolido por atravessadores, transportadores, indústria, atacadistas e comerciantes e não está chegando integralmente ao consumidor.

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E o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), ligado à Escola de Agronomia da USP, ilustrou esse abismo em números. Segundo levantamento feito pelo Cepea, os preços dos alimentos ao consumidor caíram ‘apenas’ 13,3%, em média, nos seis primeiros meses deste ano.

Outro exemplo desse apetite exagerado de atravessadores e comerciantes é o trigo. Maior produtor brasileiro do cereal, o Rio Grande do Sul viu os preços desabarem em 2023. Conforme dados do Cepea, nos últimos 12 meses a redução foi de 41,3% no campo. Esse valor observado no início de julho foi o menor desde fevereiro de 2020.

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Mas, a desvalorização média nos preços ao consumidor foi de ‘apenas’ 2,9% no caso dos grãos. O café caiu ‘só’ 2,7% e os hortifrutícolas 2%.

A chuva na quantidade certa e na hora adequada, que permitiu a colheita de uma supersafra de grãos, favoreceu a redução dos valores no campo. E a queda na cotação do dólar também tornou os produtos brasileiros menos atrativos no exterior.

Portanto, é importante que o consumidor tenha conhecimento da disparidade entre o comportamento dos preços no campo e na gôndola dos supermercados para que possa cobrar o repasse integral dos descontos.

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Bom para a dieta, mas...

A Organização Mundial da Saúde mudou a classificação do adoçante sintético aspartame para “possivelmente cancerígeno”. A decisão, anunciada no último dia 14, levou em consideração os resultados de três estudos feitos com mais de um milhão de moradores da Europa e dos Estados Unidos a partir de 1982. E o risco maior é para o desenvolvimento do câncer de fígado.

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...’possivelmente cancerígeno’...

Menos calórico e duzentas vezes mais doce que o açúcar, o aspartame é usado desde 1974 em seis mil produtos ao redor do mundo, desde refrigerantes e bebidas ‘zero açúcar’, passando por chicletes e até pastas de dente. Em 1981, foi estabelecido um limite de consumo para adultos, até então aceitável, de 28 gramas de aspartame por dia, o equivalente a entre nove e 14 latas de refrigerante zero, a depender do peso corporal.

...e certamente “cancerígeno”

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No mesmo comunicado, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer também clasificou a carne vermelha como “provavelmente cancerígena” e os embutidos, como linguiças e salsichas, como “cancerígenos”.

Ofertas na feira

É tempo de colheita das abóboras. Há muita fartura de morangas, abóboras japonesas e paulistas. E os preços estão convidativos nas feiras, sacolões e supermercados. Portanto, é tempo de camarão na moranga, de carne de sol gratinada com parmesão no jerimum, de doce de abóbora...

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Filosofia do campo:

“Eu vivo para que a justiça social venha antes da caridade”, Paulo Freire (1921/1997), educador e filósofo pernambucano perseguido pela ditadura militar (1964/1985), Patrono da Educação Brasileira, autor da Pedagogia do Oprimido e brasileiro que mais recebeu títulos honoris causaem 35 universidades ao redor do mundo, cujo nome batiza mais de 350 escolas no Planeta.

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