Repórter da Terra

Preço do arroz cai 14% e prévia da inflação indica queda em alimentos com tarifa zerada

Alívio no bolso será restrito e o impacto na infla

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A coleta de preços realizada diariamente por pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia, ligado à Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), apontam que azeite, café, carnes e sardinha têm apresentado desaceleração nos preços. E isso vem acontecendo desde 14 de março, quando entrou em vigor a decisão do Governo Federal de zerar as tarifas de importação sobre 11 alimentos. E essa medida já contribuiu na queda de 0,34% no Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) em março, embora a coleta de dados tenha sido concluída no dia 20 do mês passado. Assim, os efeitos das tarifas zeradas só serão completamente contabilizados no IGP-M de abril, cuja coleta diária de dados começou em 21 de março e vai até 20 de abril.

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Porém, o alívio no bolso será restrito e o impacto na inflação também. Isso acontece porque azeite e sardinha, por exemplo, não têm peso relevante no índice oficial de inflação, o IPCA, medido pelo IBGE. Além de azeite e sardinha, as tarifas de importação também foram zeradas para café em grão e torrado, milho, açúcar, carne bovina desossada, óleos de cozinha (girassol e palma), biscoitos e massas.

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Mas, o avanço da colheita da safra anual do arroz no Rio Grande do Sul fez o preço do cereal despencar na porteira da fazenda em março. E essa deve ser a maior contribuição contra a carestia nas próximas semanas.


Só no mês passado, as cotações da saca de 50 quilos caíram 14%, encerrando o mês a R$ 77,30. Esse valor não era visto desde outubro de 2022 e refere-se ao arroz em casca, portanto, antes do beneficiamento e do empacotamento na indústria.
Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP, a pressão nas cotações do arroz vem de múltiplos fatores. A decisão do Governo Federal de zerar as tarifas de importação do arroz em 2024, após a escalada nos preços depois das enchentes no Rio Grande do Sul, é um desses fatores.

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Além disso, a expectativa é que os gaúchos, principais produtores do cereal no País, colham uma boa safra. Estimativas apontam crescimento de 15% na produção neste ano, na comparação com 2024.


A agência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Abastecimento (FAO), que monitora os preços dos alimentos ao redor do mundo, também tem observado um recuo sistemático nas cotações internacionais do arroz.
Mas, esse movimento de queda nos preços internos já vem do ano passado. Segundo a consultoria Safras & Mercado, a média da saca de 50 quilos de arroz em casca no Rio Grande do Sul fechou 2024 valendo 19,58% menos que no final de 2023.


E, segundo o Centro de Pesquisas da USP, os fazendeiros brasileiros seguem sem oferecer grandes volumes às empresas empacotadoras. A expectativa dos produtores rurais é que os atuais valores favoreçam a exportação. Assim, eles acreditam que vão conseguir dar vazão aos excedentes e elevar os preços no mercado interno.

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Enquanto isso, os fazendeiros vão fazendo caixa com a venda de outros grãos e já sinalizam com uma provável redução da área destinada ao plantio do arroz para a próxima safra. Já as empresas empacotadoras seguem indicando dificuldades na manutenção dos preços do arroz beneficiado junto aos grandes centros consumidores. E alegam margens apertadas.

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