Repórter da Terra
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Foto: Agência Brasil
Um balanço divulgado no início deste mês pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) indica que 2024 deve se tornar um ano histórico, um marco na descarbonização das atividades industriais e humanas. E isso vai impactar positivamente o Planeta nas próximas décadas. Segundo a IEA, pela primeira vez desde a Revolução Industrial, no final do século 18, a humanidade vai consumir mais energias de fontes limpas e renováveis que dos combustíveis minerais, como carvão, diesel e gasolina. Assim, conforme dados da IEA, em 2023 as emissões de gases causadores das mudanças climáticas caíram para o nível mais baixo em 50 anos nos países ricos, enquanto a demanda de carvão voltou aos níveis do início dos anos 1900.
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“O ano passado, foi o primeiro em que pelo menos metade da geração de eletricidade nas economias avançadas veio de fontes de baixas emissões como renováveis e nuclear”, destaca o balanço da IEA, segundo a agência EPBR de notícias.
E 2024 também marcará o declínio do carvão, que dominou o setor global de energia nas últimas três décadas. E a substituição se dará através da expansão dos investimentos em parques de captação da energia dos ventos e do sol.
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“Sem tecnologias de energia limpa, o aumento global nas emissões de dióxido de carbono (CO2) nos últimos cinco anos teria sido três vezes maior”, diz o relatório. O CO2 é o principal gás causador do aquecimento global e, consequentemente, das mudanças climáticas.
E essa transição para energias de baixo carbono já impacta a demanda global por petróleo, com impactos sobretudo no consumo de combustíveis para transporte. A projeção é que em 2024 ainda ocorra um aumento no consumo global de 1,3 milhão de barris por dia (bpd) na comparação com 2023.
Apesar do crescimento, ele será menor que o acréscimo no consumo registrado em 2023, que foi 1,9 milhão de bpd na comparação com 2022. Para 2025, a previsão é de uma velocidade ainda menor de aumento na demanda pelos derivados de petróleo, entre 700 mil e 1 milhão de bpd.
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Porém, o balanço da IEA reforçou que as mudanças climáticas em curso no Planeta potencializam ainda mais o aquecimento global. Isso porque secas severas e prolongadas em diversas regiões do mundo causaram uma queda recorde na geração hidrelétrica em 2023.
E, com isso, gigantes como Estados Unidos e China precisaram recorrer às usinas termelétricas. E, como elas são movidas a combustíveis fósseis, essas nações elevaram suas emissões de gases de efeito estufa para produzir eletricidade.
‘Dez entre dez brasileiros...
Resta colher poucas lavouras de feijão carioca plantadas no começo do verão, na chamada safra das águas. Durante o mês de março, o Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe) estima que serão colhidos 4% da safra, enquanto em abril os agricultores vão retirar da terra cerca de 21% do carioca plantado na virada doo ano. No total, serão colhidas 559 mil toneladas desta variedade até o mês de julho.
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...o preto que satisfaz’
A boa notícia é que o Brasil deverá colher uma safra recorde de feijão preto daqui até o final do primeiro semestre. A projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de uma colheita próxima de 350 mil toneladas. Porém, o Ibrafe enxerga “fortes indicativos” de que o total a ser colhido no Paraná, o maior produtor de feijão no Brasil, será ainda maior que o projetado pela Conab. Caso a projeção do Ibrafe se confirme, o País colherá entre 390 a 400 mil toneladas de feijão preto. “Haverá feijão preto em excesso”, resume o Ibrafe.
‘Eu vejo...
Estudo realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), em parceria com o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), divulgado nesta semana mostrou que o número de pessoas empregadas na cadeia de flores e plantas ornamentais somou 266,8 mil em 2022. Isso representou um crescimento de 26% (ou um adicional de 55 mil pessoas) em relação a 2017 (ano-base do último estudo do Cepea sobre essa cadeia). Em termos de renda, o avanço de 2017 a 2022 foi ainda mais intenso, de 83%.
...flores em você’
O perfil da mão de obra indicou que a cadeia de flores e plantas ornamentais é mais formalizada frente a outros setores do agronegócio. E esta cadeia produtiva também conta com maior participação feminina, além de ocupar trabalhadores com maior escolaridade média. O Cepea também verificou um crescimento da participação da mulher na produção dentro da porteira, passando de 44,3% em 2017 para 47,7% em 2022. A Região Metropolitana de Campinas e a região de Andradas, no sul de Minas Gerais, são os grandes polos de produção de flores no Sudeste.
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Filosofia do campo:
“A neve e as tempestades matam as flores, mas nada podem contra as sementes”, Gibran Khalil Gibran (1883/1931), filósofo, pintor e poeta libanês.
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