Repórter da Terra
Não há razões, não há fundamentos como se diz na Economia, para aumento nos preços do grão
Continua depois da publicidade
Foi só as imagens da catástrofe no Rio Grande do Sul viralizarem, e pronto! Supermercados passaram a racionar arroz de Norte a Sul. E consumidores correram para fazer estoque. Atacadistas e fazendeiros que tinham o grão estocado se retraíram. Especulação! Resultado: preços em disparada! Aí, o Governo Federal zerou o imposto de importação, anunciou que compraria o cereal no exterior e marcou a data para o leilão de aquisição de arroz. Aí, as águas começaram a baixar... e o arroz gaúcho apareceu. De repente!
Na última terça-feira, o Instituto Riograndense do Arroz (Irga) informou que a safra gaúcha deste ano será ‘só’ 90 mil toneladas menor que a de 2023. Segundo o Irga, a produção estimada para a safra atual totaliza 7,150 milhões de toneladas. Em 2023, o Estado colheu 7,240 milhões de toneladas.
Continua depois da publicidade
Há 15 dias, notícias vindas do Sul falavam num déficit de até um milhão e meio de toneladas em 2024 por conta das inundações...
Mas, diante do ‘novo’ cenário, o Governo Federal ficou menos pressionado. E a Companhia Nacional de Abastecimento resolveu suspender a importação de 104 mil toneladas que estava programada para a última terça-feira.
Continua depois da publicidade
Portanto, caro leitor e prezada leitora, não há motivos para preocupação com o suprimento de arroz neste ano, mesmo com a catástrofe no Sul, o maior produtor do grão no País. Afinal, outros estados vão fornecer o cereal necessário para abastecer o mercado interno até a próxima safra gaúcha, que será colhida a partir do verão de 2025.
E não há razões, não há fundamentos como se diz na Economia, para aumento nos preços do grão no varejo.
Então, não precisa fazer estoque!
Continua depois da publicidade
E, se os preços subirem de maneira abusiva, denuncie ao Procon!
“Quando as enchentes ocorreram, a safra já estava 84% colhida, restando 142 mil hectares a colher. Destes, 22 mil hectares foram perdidos e 18 mil ficaram parcialmente submersos. Entre os grãos estocados nos silos, houve comprometimento de 43 mil toneladas”, resumiu o presidente do Irga, Rodrigo Machado. Cada hectare corresponde à área de um campo de futebol.
“Mesmo considerando as perdas, temos uma safra praticamente idêntica à anterior. Não haverá desabastecimento de arroz”, concluiu Machado, em comunicado à Imprensa distribuído pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Continua depois da publicidade
Em abril, os exportadores mandaram 123 mil toneladas de arroz brasileiro para o exterior, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
O Brasil vai fechar o ano-safra que começou em julho de 2023 e termina no mês que vem com 46,3 milhões de sacas de café enviadas ao exterior. Os números foram apresentados pelo Conselho dos Exportadores de Café durante o 24º Seminário Internacional do Café, realizado nesta semana em Santos.
No ano-safra 2022/23, o Brasil exportou 35,6 milhões de sacas de 60 quilos. Assim, o aumento de um ano para o outro será de 30% e esse volume exportado será recorde, impulsionado pela quebra na safra de importantes produtores da variedade robusta, como Vietnã e Indonésia. E a maior parte desse café enviado ao exterior passou por Santos, o maior porto exportador do grão no mundo.
Continua depois da publicidade
E os dados apresentados nesta semana pela Associação Brasileira da Indústria do Café mostram que o consumo nos quatro primeiros meses deste ano cresceu 9,2% no País, na comparação com o mesmo período de 2023. E os preços no varejo caíram nos últimos 12 meses. No ‘Tradicional/Extraforte’, a queda foi de 5,7%; no Gourmet, baixa de 9,35%; no ‘Superior’, -10,7%; e nas cápsulas, -6,38%.
Para marcar a abertura oficial da safra no Estado, o Instituto Biológico promove neste sábado a colheita do maior cafezal urbano do mundo. Os pés de catuaí ocupam a área de um campo de futebol, a 150 passos da Avenida 23 de Maio, uma das mais movimentadas do mundo. A colheita é aberta ao público em geral, de crianças a idosos, e será seguida de palestras e oficinas. O IB fica na Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1.252, na Vila Mariana. A programação começa às 9 horas e vai até as 17 horas.
Astrônomos do Massachussets Institute of Technoogy e da Universidade de Liège, na Bélgica, acabam de descobrir um novo planeta orbitando uma estrela a apenas 55 anos-luz de distância. O planeta próximo é semelhante à Terra em tamanho e composição rochosa, mas este novo mundo provavelmente está sem atmosfera.
Continua depois da publicidade
Num artigo publicado agora na revista científica Nature Astronomy, os cientistas confirmaram que o Speculoos-3b foi descoberto a partir da rede de telescópios ‘for Planets EClipsing ULtra-cOOl Stars’.
O novo planeta orbita uma anã ultrafria, tipo de estrela que é menor e mais fria que o Sol. Acredita-se que as anãs ultrafrias sejam o tipo de estrela mais comum na nossa galáxia, embora também sejam as mais fracas, o que as torna difíceis de detectar no céu noturno.
A anã ultrafria que hospeda o novo planeta tem um décimo do tamanho do Sol. A estrela é mais semelhante em tamanho a Júpiter. O Speculoos-3b circunda sua estrela em apenas 17 horas. Um ano no novo planeta, então, é mais curto do que um dia na Terra.
Continua depois da publicidade
“Não tenho paredes, só tenho horizontes...”, Mário Quintana (1906/1994), poeta gaúcho.
Continua depois da publicidade