Repórter da Terra
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A trajetória de alta no preço do boi gordo, pronto para o abate, que começou em julho começa a indicar uma mudança de rumo. E o tempo da carne bovina cara pode estar chegando ao fim. Depois de atingir preço recorde no dia 27 de novembro, na virada de novembro para dezembro as cotações do boi gordo perderam força, e caíram dia após dia na B3, a bolsa de valores e de mercadorias de São Paulo.
E essa queda no valor dos contratos para entrega futura impactou também o mercado físico, com o valor da arroba caindo 4,4% em apenas uma semana, segundo cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), vinculado à Escola de Agronomia da USP. E esse movimento na carne bovina também puxou para baixo os preços dos suínos. Só as carnes de aves continuaram mantendo preços firmes nos últimos dias.
O movimento de queda nas cotações do boi gordo na B3, que ainda não provocou grandes mudanças nos valores praticados pelo mercado atacadista da carne levou os frigoríficos a pressionar os pecuaristas. E os preços da arroba do boi também caíram na porteira da fazenda, nas principais praças produtoras de gado.
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Além da pressão das indústrias frigoríficas, pecuaristas que acompanham a movimentação do mercado em tempo real e estavam segurando os bois no pasto ficaram assustados com os valores menores no mercado futuro. E acabaram colocando à venda seus lotes de animais prontos para o abate.
E essa dinâmica ampliou a oferta e facilitou o alongamento das escalas de abate dos frigoríficos nos preços mais baixos. No entanto, segundo o Cepea/USP pecuaristas mais capitalizados e mais cautelosos se afastaram das negociações e aguardam uma melhor definição do cenário nos próximos dias para avaliar se é hora ou não de colocar a boiada no caminhão e entregar para o frigorífico.
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O entendimento dessa parcela dos produtores é que as quedas nos preços podem ter sido pontuais devido ao consumo tradicionalmente menor no final do mês.
As cotações dos suínos também caíram nos últimos dias, interrompendo o movimento de alta observado desde a segunda quinzena de agosto. Pesquisadores do Cepea/USP explicam que a pressão sobre os valores veio da redução no ritmo de compras por parte dos frigoríficos.
Apesar desse cenário, parte dos produtores consultados pelo Cepea/USP se mostra otimista com o mercado para as próximas semanas devido ao pagamento dos salários e de uma parcela do décimo terceiro, além do típico aumento na demanda pelos cortes suínos nas festas de final de ano.
No atacado, o preço das aves registrou estabilidade ou pequenas e sutis altas nos últimos dias.
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Paranaguá aprofunda calado...
O Porto de Paranaguá concluiu no final de novembro a derrocagem da Pedra da Palangana, o que vai aprofundar o calado para 13,1 metros na maré zero na Baía de Paranaguá. Com isso, a capacidade de carregamento dos navios de granéis sólidos, por exemplo, terá um acréscimo de cerca de duas mil toneladas. Ao todo, 11 berços e dois píeres tiveram aumento de calado, com projeção de redução do tempo de espera para atracação e desatracação.
...e vai ampliar concorrência...
A atualização do calado, que corresponde à distância entre o ponto mais profundo da embarcação (quilha) e a superfície da água, entrou em vigor no final de novembro e foi divulgada na Portaria nº 306/2024, da Norma de Tráfego Marítimo e Permanência nos Portos de Paranaguá e Antonina – Edição 2024.
...com Santos por granéis
Paranaguá registrou neste ano cinco meses de recordes de operação, em janeiro, fevereiro, março, junho e agosto. Este último teve a maior movimentação da história do Porto: foram 6.869.966 toneladas movimentadas, 4% a mais em relação ao recorde anterior, alcançado em junho deste ano.
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Natal mais doce...
Neste Natal, além dos espetáculos diários nas ruas, com a presença do Papai Noel, de suas renas e dos demais personagens que alimentam a imaginação das crianças, os turistas que visitam Gramado, Canela, Nova Petrópolis e demais cidades da chamada Região das Hortênsias terão mais um motivo para celebrar.
...na Região das Hortênsias
Em evento no Palácio Piratini, na quarta-feira, o Governo do Rio Grande do Sul anunciou a redução do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias (ICMS) para os fabricantes de chocolates da região. Assim, o tributo incidente nos tradicionais chocolates artesanais da Serra Gaúcha será reduzido de 17% para 12%.
Filosofia do campo:
“Todos esses que aí estão atravancando meu caminho... eles passarão. Eu, passarinho!”, Mário Quintana (1906/1994), poeta e jornalista gaúcho, em 'Poeminha do Contra'.
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