Repórter da Terra

Inflação dos hortifrúti chega a 13,3% no ano, segundo economistas da Ceagesp

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O preço de frutas, verduras e legumes não acompanhou a desaceleração da inflação observada ao longo de 2023. Ao contrário, de janeiro a novembro, o valor dos hortifrútis disparou. Segundo economistas da Ceagesp, a maior central atacadista de alimentos in natura da América do Sul, a inflação da feira foi de 13,31% nos 11 primeiros meses deste ano. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) medido pelo IBGE ficou em 4,04%. A carestia na feira foi divulgada na última terça-feira pela Ceagesp.

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A boa notícia é que, apesar dos números desfavoráveis ao consumidor no acumulado do ano, a central atacadista observou uma desaceleração nos preços em novembro. Segundo a Ceagesp, no mês passado os preços dos hortifrúti subiram 1,59%. Em outubro, a alta havia sido de 6,74%. Há um ano, portanto em novembro de 2022, a inflação da feira foi de 5,26%.

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O destaque positivo em novembro foi o setor de legumes, o único a apresentar deflação no período. As ondas de calor registradas ao longo do mês fizeram com que produtores adotassem a estratégia de antecipar a colheita. E os comerciantes aceleraram o repasse dos produtos a fim de reduzir perdas.

O setor apresentou queda de 1,05% na média dos preços. Dos 31 itens cotados nesta cesta de produtos, 51,6% apresentaram redução de preço.

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O setor de frutas variou 0,27% em novembro, contra 6,43% de alta no mês anterior. Dos 47 itens cotados nesta cesta, 59,6% subiram de preço. As principais altas foram no maracujá azedo (+47,69%), pera williams importada (+32,16%), banana nanica (+20,03%) e laranja lima (+15,67%).

Com o resultado de novembro, o setor de frutas acumula inflação de 19,24% no ano. Mamões e mangas aliviaram a carestia com quedas significativas nos preços no mês passado.

O setor de verduras registrou alta 12,97% na média dos preços em novembro, ante uma inflação específica de 26,99% no mês anterior. Com esse resultado, o setor de verduras acumula inflação de 43,06% no ano. 

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Esse segmento seguiu impactado pelas fortes ondas de calor registradas em outubro e novembro. Segundo a Ceagesp, o clima adverso reduziu em 20% as entregas de alfaces na central atacadista. No caso dos brócolis, a baixa foi de 13,82%, e no agrião a redução na oferta foi de 11,42%.

O setor de diversos variou 9,85% em novembro, contra 14,18% de alta no mês anterior. As principais altas ocorreram nos preços de cebola nacional (+31,55%), batata asterix (+24,26%) e batata lavada (+12,39%). As fortes chuvas registradas nas regiões produtoras prejudicaram a colheita e o escoamento da batata e, principalmente, da cebola.

Contudo, a alta desses produtos no mercado atacadista em novembro foi menor quando comparada no mesmo mês de 2022. Com o resultado, esse segmento acumula deflação de 5,10% no ano. 

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Agora, ficou fácil...

Pesquisadores da USP e da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, acabam de criar um sensor sustentável capaz de monitorar os níveis de agrotóxicos diretamente na casca dos vegetais. Feito a partir da polpa de madeira, o dispositivo tem potencial para garantir a segurança dos alimentos em um cenário de uso intensivo de venenos agrícolas. O estudo foi publicado na revista científica Biomaterials Advances.

...e barato detectar...

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Pesticidas são amplamente utilizados para aumentar a produtividade. No entanto, apenas 50% dos agroquímicos pulverizados atingem o alvo. O estudo da USP e da UFV teve o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de SP.

...agrotóxicos nos alimentos

Hoje, para detecção de resíduos de venenos agrícolas são utilizados materiais ambientalmente insustentáveis, como os cerâmicos ou polímeros derivados do petróleo. Já a nova técnica utiliza o acetato de celulose que tem baixo impacto ambiental e se desintegra no ambiente em 340 dias.

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Filosofia do campo:

“Hoje me sinto mais forte/Mais feliz, quem sabe/Só levo a certeza/De que muito pouco sei/Ou nada sei...”, Almir Sater e Renato Teixeira, violeiros brasileiros, em ‘Tocando em Frente’.

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