Repórter da Terra

Inflação da feira desacelera rapidamente, mas acumulado em 12 meses ainda é alto

Foto: Nair Bueno/DL

Os preços de frutas, verduras e legumes despencaram em junho na maior central atacadista de alimentos in natura da América do Sul. Dados divulgados nesta semana pela Ceagesp apontam uma queda de 4,87% no valor dos hortifrúti no Estado. Essa deflação foi puxada pela queda nas cotações das frutas (-5,90%), dos legumes (-3,47%) e das verduras (-3,32%). Dados da Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp apontam que até o setor de diversos registrou queda de 2,51% no mês passado. Esse setor reúne todas as variedades de batatas, as cebolas nacionais e importadas e os ovos, e vinha resistindo à queda nos preços, tendo registrado uma inflação de 11,92% no mês anterior. Além dos hortifrúti, a Ceagesp também comercializa peixes e frutos do mar. E até nesse setor os economistas observaram queda nos preços, com deflação de -5,45% em junho.

Apesar da baixa significativa das cotações no atacado em junho, a inflação da feira continua forte se o horizonte analisado for mais amplo. Em 12 meses, o índice Ceagesp acumula alta de 23,34%. Nos primeiros seis meses de 2024, a variação foi de 4,11%.

O clima mais ameno, sem grandes oscilações nas temperaturas nem tempestades, facilitou os trabalhos no campo. E isso se refletiu nos preços. Essas condições favoráveis permitiram o avanço da colheita de cenouras, batatas e cebolas, que vinham pressionando a inflação nos últimos meses.

E o clima também favoreceu a produção de verduras, com destaque para a queda nas cotações de alface crespa (-26,71%), alface americana (-21,81%), rabanete (-20,89%) e espinafre (-19,24%). Segundo os economistas da Ceagesp, dos 39 itens cotados nesta cesta de produtos, 77% apresentaram reduções de preço.

A entrada de uma nova safra de tomates também impactou o setor de legumes. Dos 32 itens cotados nesta cesta, 34% apresentaram reduções de preço. As principais baixas ocorreram nos valores de beterraba (-36,67%), cenoura (-30,72%), pimentão amarelo (-20,58%) e tomate carmem (-9,73%).

Dentre as frutas, destaque para o aumento na oferta dos mamões havaí (-51,28%) e formosa (-22,11%) nas principais praças produtoras. Dos 48 itens cotados nesta cesta, 48% tiveram reduções de preço, entre eles melancia (-32,68%), maracujá azedo (-31,50%) e banana prata sp (-23,24%).

E a entrada da safra da tainha provocou aumento de 108% na oferta do peixe. Em junho, também cresceu a entrada de peroá branco (porquinho) e de salmão na central atacadista. Resultado, o setor de pescados registrou baixa em 43% nos itens analisados pela Seção de Economia e Desenvolvimento. As principais reduções foram nos preços de tainha (-34,32%), pescada branca (-22,64%), peroá branco (-16,34%), salmão importado (-14,20%) e polvo (-10,93%).

No setor de diversos, dos 11 itens cotados 73% apresentaram deflação. As principais baixas ocorreram nas cotações de batata asterix (-22,36%), cebola nacional (-5,27%), ovos de codorna (-5,16%) e ovos brancos (-3,08%).

A expectativa é que o clima moderado mantenha os preços em estabilidade e até em queda até a volta das chuvas significativas no campo, após o início da primavera.

Cientistas e povos da floresta...

Pesquisadores brasileiros se uniram a povos da floresta para mapear milhares de sítios arqueológicos na Amazônia. O objetivo do grupo é ampliar a proteção a esses locais que narram a passagem de povos ancestrais pela maior floresta tropical do mundo. O estudo vai contribuir para mudanças no entendimento sobre o passado da Amazônia.

...unidos pela preservação...

Esses sítios arqueológicos estão sob risco de destruição pelo avanço do desmatamento, do garimpo e das mudanças climáticas. A estratégia dos cientistas é usar tecnologias emergentes, como a de sensoriamento remoto aerotransportado Lidar (Light detection and ranging, na sigla em inglês).

...de sítios arqueológicos...

Resultados preliminares do projeto, intitulado “Amazônia revelada”, foram apresentados na terça-feira (09), durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. O evento aconteceu no campus Guamá da Universidade Federal do Pará, em Belém.

...na Amazônia

“A ideia é fazer sobrevoos usando essa tecnologia para identificar os sítios arqueológicos e registrá-los no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional para que recebam uma camada adicional de proteção. No mínimo terá de ser feito algum tipo de licenciamento antes da realização de qualquer projeto (nas áreas onde estão localizados esses sítios)”, explica Eduardo Neves, diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.

Filosofia do campo:

“Não quero flores no meu enterro, pois sei que vão arrancá-las da floresta”, Chico Mendes (1944/1988), extrativista e ambientalista acreano.

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