Repórter da Terra
Ceia de Natal vai ficar mais cara neste ano / Imagem de Freepik
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A 30 dias do Natal, o valor de alguns dos itens mais tradicionais da ceia disparou, puxado pela escalada nas exportações brasileiras para os quatro cantos do mundo. Só na primeira quinzena deste mês, as cotações para o frango no atacado paulista tiveram valorização de 9,4%, atingindo R$ 7,60 o quilo. E, naturalmente, essa alta no frango puxa para cima os preços do peru e do chester, queridinhos nas ceias de Natal e Ano-Novo dos brasileiros. Portanto, prepare o bolso. E se prepare para pesquisar preço em mais de um supermercado. Os dados são da Scot Consultoria.
No levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Escola de Agronomia da USP (Cepea/USP), as cotações para o frango congelado na virada da quinzena atingiram R$ 7,90 o quilo. Já os valores do frango resfriado chegaram a R$ 8,04 o quilo.
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A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, reportou que a média diária de exportações até a terceira semana deste mês foi de 26,7 mil toneladas. E isso representa um aumento de 50,1% frente à média diária exportada nos 20 primeiros dias de novembro do ano passado, que foi de 17,8 mil toneladas.
Já o volume exportado de carne suína alcançou 59,4 mil toneladas até a terceira semana deste mês, conforme reportou a Secex. A média diária exportada até a terceira semana deste mês foi de 5,9 mil toneladas. E isso representou um ganho de 30,5% na comparação com a média diária embarcada em novembro do ano passado, que foi de 4,5 mil toneladas.
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Menos representativa na ceia dos paulistanos e dos brasileiros do Paraná “para cima”, a carne bovina também segue disputada no exterior. Dados da Secex indicam que a média diária exportada até a terceira semana deste mês foi de 13,7 mil toneladas. Isso representa um avanço anual de 30,4% porque a média diária exportada em novembro do ano passado foi de 9,3 mil toneladas.
Levantamento publicado agora pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard revelou que, em outubro, o estado norte-americano da Flórida quebrou o recorde no número de casos de Vibrio vulnificus, mais conhecida como bactéria comedora de carne. Desde que os furacões Helene e Milton atingiram a Flórida, autoridades confirmaram 80 infecções e 16 mortes.
Em outros lugares, as consequências bacterianas dessas tempestades estão impedindo o acesso à água potável. Mais de 150 mil lares na Carolina do Norte ainda viviam sob avisos de fervura de água um mês após o furacão Helene. E a Agência de Proteção Ambiental detectou Escherichia coli em 30% dos 900 poços privados testados no estado devastado pela tempestade.
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Cada grande furacão que atingiu a costa norte-americana nos últimos anos teve consequências. O recorde anterior da Flórida para infecções bacterianas comedoras de carne veio após o furacão Ian. O furacão Maria resultou em um pico de leptospirose em San Juan, Porto Rico. O furacão Harvey despejou 31 milhões de galões de esgoto em Houston e foi associado a um aumento em infecções mortais por fungos invasivos e níveis alarmantes de bactérias resistentes a antibióticos encontradas em casas inundadas.
Relatório recente da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) alertou para os níveis recordes do mar em 2023. E revelou que as inundações de maré alta são agora de 300 a 900% mais frequentes do que eram há 50 anos. Vinculada ao Governo dos Estados Unidos, a NOAA reforçou que esse avanço do mar ameaça cada vez mais casas, empresas, estradas e pontes, infraestrutura de fornecimento de água e usinas de energia.
Ciente dos resultados insatisfatórios com as estratégias convencionais de contenção da erosão nas praias, cientistas do Massachussets Institute of Technology (MIT) se uniram à agência de tecnologia climática das Ilhas Maldivas. O arquipélago com 1.200 ilhas fica no Oceano Índico e se tornou destino turístico para um público de alto poder aquisitivo. O MIT fica nos Estados Unidos e é considerado a melhor universidade do mundo.
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Diferente dos tradicionais molhes, paredões e alargamentos de praias, que tentam conter a força das ondas, o projeto Growing Islands implanta estruturas subaquáticas que aproveitam a energia das ondas para promover o acúmulo de areia em locais estratégicos. E isso tem ajudado a expandir ilhas de maneira sustentável. A técnica pode ser dimensionada para áreas costeiras ao redor do mundo...
“Ler bons livros é como conversar com as melhores mentes do passado”, René Descartes (1596-1650), filósofo e matemático francês.
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