Repórter da Terra

Enquanto na TV apresentador faz graçolas, MPT liberta 387 escravos em fazendas de café

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Prezado/a leitor/a, nesta semana em que se comemorou o Dia Mundial do Café seria mais simpático e renderia mais likes (e até votos), sorrir, fazer graçolas e sorver uma xícara em frente às câmeras de alguma TV regional. Mas, eu não sou movido por likes! Também nunca fiz o Jornalismo ensinado atualmente nas faculdades, que é muito mais entretenimento raso do que propriamente Comunicação Social...

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Pois bem: enquanto o apresentador fazia graçolas e a repórter fazia marketing na Bolsa Oficial do Café, ao vivo e para milhares de telespectadores de Santos e região, 387 homens e mulheres eram resgatados da escravidão moderna em fazendas de café de Minas Gerais.

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Quase todos eram negros e nordestinos!

Todos estavam famintos!

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Mas, quem se importa?

Isso não daria audiência na TV (nem likes, nem votos)...

Antes que o senhor/senhora diga que isso é invenção de petista ou afins, as operações do Ministério Público do Trabalho (MPT) contam sempre com apoio da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.

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E Minas é o estado com o maior número de pessoas físicas e jurídicas incluídas na lista suja do Ministério do Trabalho. No estado, são 31 empresas e pessoas que mantiveram trabalhadores em condições análogas à escravidão. Destes, 18 foram divulgados pelo MPT no início deste mês...

A desfaçatez inclui cooperativas, fazendas certificadas por “boas práticas” agrícolas, produtores de “grãos especiais” e fornecedores de grandes empresas alimentícias com sede na Suíça, nos Estados Unidos...

Chama atenção a exploração até de idosos e crianças!

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O tráfico de pessoas é evidente!

Seres humanos dormiam com ratos e morcegos!

Em todo Brasil, o MPT e as polícias federais resgataram 1.671 trabalhadoras e trabalhadores da escravidão moderna em 2021. Foram ajuizadas 459 ações civis públicas sobre o tema.

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É claro que a escravidão moderna não acontece em todas as fazendas de café, mas, no setor o aumento foi de 71,4% no número de resgatados em relação a 2020!

Mas, quem se importa?

Pense nisso quando for tomar seu cafezinho...

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As algas brasileiras...

Pesquisadores de SP, Rio, Santa Catarina e Bahia acabam de descobrir sete novas espécies de algas calcárias no litoral e nas ilhas oceânicas brasileiras. E elas foram batizadas em homenagem a povos originários das regiões em que foram encontradas. São elas: Roseolithon tupii, R. tamoioi, R. tremembei, R. potiguarae, R. karaiborum, R. purii e R. goytacae. Com isso, 79 espécies estão formalmente identificadas no País.

...que protegem o Planeta!

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Com aparência mais próxima de rochas do que de plantas, esses seres vivos são importantes na formação de recifes, servindo de abrigo para espécies marinhas. As algas calcárias têm até 145 milhões de anos, sobreviveram a extinções em massa e acumulam carbono, contribuindo para mitigar as mudanças climáticas.

Filosofia do campo:

“Pago o preço de nunca escrever para agradar os poderosos. A solidão, a miséria, nada me abateu, nem me desviou do meu caminho de crítico da sociedade, de repórter incômodo e até provocador. Estou no campo, não corro, não saio...”, Plínio Marcos (1935/1999), dramaturgo santista.

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