Repórter da Terra
Apesar do otimismo, a produção ainda é incerta
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A equação também contempla leguminosas/Pexels
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Se a produção de grãos do Brasil fosse distribuída de maneira igualitária entre todos os brasileiros, cada morador do País teria direito a uma cota de 1,48 tonelada de alimentos em 2025. Isso significaria 123 quilos a cada 30 dias per capita. E essa cesta seria composta por cereais como arroz, aveia, trigo e milho.
A equação também contempla leguminosas como feijão e soja, e oleaginosas, como o amendoim. Toda essa riqueza foi plantada no final de 2024 e continuará sendo plantada e colhida ao longo deste ano. A fartura no campo é tamanha que o País chega a colher até três safras de feijão em 12 meses.
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A projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que o Brasil colha 322,8 milhões de toneladas de grãos neste ano. Os números foram divulgados na última quarta-feira e projetam um crescimento de 8,2% frente à safra 2023/24. Em números absolutos, serão 24,5 milhões de toneladas a mais brotando da terra neste ano.
É claro que boa parte desses grãos é exportada para matar a fome de gente e de bicho espalhados por mais de 100 países ao redor do Planeta.
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Mas, enquanto essa abundância enriquece fazendeiros e distribui renda nos municípios onde impera o agronegócio, 47,3 milhões de brasileiros enfrentavam insegurança alimentar moderada ou grave em 2022.
Esse contingente caiu para 39,7 milhões de brasileiros em 2023, segundo a edição mais recente do Mapa da Fome, divulgado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Mesmo com toda essa fartura de alimentos produzidos no País, a quantidade de moradores com algum nível de insegurança alimentar ainda representava 18,4% da população em 2023.
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E o bom desempenho no campo se deve ao clima favorável registrado durante o desenvolvimento dos plantios realizados durante a primavera de 2024 e que serão colhidos agora no início de 2025.
Aliado ao fator climático, a área total semeada deve crescer 1,8%. Os dados foram divulgados pela Conab na terça-feira (14) e integram o 4º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25.
Principal produto agrícola do País, a soja deve ter produção de 166,3 milhões de toneladas, 18,6 milhões de toneladas acima do volume colhido na safra anterior.
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No caso do arroz, a Conab projeta crescimento de 8,5% na área semeada em relação ao ano-safra 2023/24 e uma recuperação na produtividade, o que deve proporcionar um aumento de 13,2% na produção, estimada em 11,9 milhões de toneladas.
A colheita total de feijão deve registrar crescimento de 4,9%, sendo estimada em 3,4 milhões de toneladas. Essa será a segunda maior safra dos últimos 15 anos, perdendo apenas para a temporada 2013/14.
Na primeira safra da leguminosa, a ser colhida agora no verão, a produção tende a crescer 15,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Caso essa previsão se concretize, o Brasil colherá pouco mais de 1 milhão de toneladas do chamado “feijão das águas”. O 4° Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 está disponível em conab.gov.br.
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Ano-novo promete...
A safra de laranja 2025/26 está apresentando cenário mais promissor em São Paulo e no Triângulo Mineiro em relação ao ano-safra anterior. Na região de Araraquara, por exemplo, o volume de chuvas acumuladas desde a primavera foi de quase 700 milímetros, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia. E esse volume foi essencial para o desenvolvimento das frutas, superando os 370 mm registrados no mesmo período da safra anterior.
...safra mais abundante...
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola de Agronomia da USP, nos pomares sem irrigação, as laranjas estão na fase de “bolinha de pingue-pongue”, graças à primeira florada registrada em julho. Frutas de floradas posteriores ainda estão em estágios iniciais.
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...de laranja em SP e MG
Apesar do otimismo, a produção ainda é incerta e depende das condições climáticas futuras para garantir frutas de qualidade para o mercado de mesa e de suco.
Se você quiser...
Um novo projeto de ciência cidadã foi lançado na plataforma Zooniverse, um portal de pesquisa colaborativa. Intitulada Science Hunters, a iniciativa quer envolver a população na identificação de objetos astronômicos utilizando imagens obtidas pelo projeto Southern Photometric Local Universe Survey (S-PLUS). Essa colaboração internacional liderada pelo Brasil vai mapear o céu do Hemisfério Sul.
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...batizar uma estrela...
O Science Hunters é um esforço coletivo de profissionais da Astronomia liderados pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP. Em 2021, a ideia de um projeto de ciência cidadã foi lançada pelo Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro para educação infanto-juvenil.
...é só seguir tutorial
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E usuários de todas as partes do mundo, sem necessidade de conhecimentos prévios, podem participar. O primeiro passo é criar um usuário em zooniverse.org. Ao acessar o S-PLUS Science Hunters, será disponibilizado um tutorial — em inglês, espanhol e português —, que explica passo a passo como fazer as classificações.
Filosofia do campo:
“Los que comen bien, piensan que se gasta demasiado en política social”, José Mujica, ex-presidente do Uruguai.
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