Repórter da Terra

‘Doce’ e menos nocivo, óleo brasileiro moverá navios pelo mundo nas próximas décadas

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A notícia de que a Petrobras identificou hidrocarbonetos em uma nova jazida da Bacia de Santos, divulgada nesta semana pela estatal, garante a posição do Brasil como player importante no mercado internacional de petróleo nas próximas décadas. E isso acontecerá mesmo com a transição para energias menos agressivas ao ambiente, que está em curso no Brasil e no Planeta. A expectativa do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP) é que o País receba investimentos de US$ 185 bilhões nos próximos dez anos para ampliar a produção e o refino do combustível.

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Essas novas estruturas devem gerar 400 mil empregos, apesar da negativa do Ibama para a prospecção de petróleo na Margem Equatorial, importante reserva situada no litoral das regiões Norte e Nordeste. O primeiro poço, que busca investigar o potencial dessa nova fronteira, fica a 160 km da costa e a 500 km da foz do Rio Amazonas.

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E o Plano Estratégico da Petrobras para o período 2022/2026 prevê investimento de US$ 2,1 bilhões na costa dos estados do Amapá, Maranhão, Pará, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. A região ainda é pouco explorada na prospecção em águas profundas, apesar das recentes descobertas nos vizinhos Guiana, Guiana Francesa e Suriname.

‘Doce’ e menos poluente, o petróleo brasileiro tem vantagem competitiva no mercado internacional.

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O óleo nacional serve especialmente à produção de combustível para os navios, em sintonia com a regra IMO 2020, estabelecida pela Organização Marítima Internacional.

Agência da ONU que regula a segurança e a sustentabilidade do transporte marítimo, a Organização fixou um novo limite para emissão de dióxido de enxofre pelos navios, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2030.

A IMO 2020 determinou a redução na emissão de dióxido de enxofre de 3,5% para 0,5%. A estimativa é que a mudança evite a descarga de 8,5 milhões de toneladas de dióxido de enxofre na atmosfera a cada ano.

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Com pouco enxofre e uma das menores concentrações de gases causadores do efeito estufa, cada barril de petróleo extraído no Brasil emite, em média, 17 quilos de dióxido de carbono. Enquanto isso, segundo o IBP, a média mundial é de 35 quilos de carbono a cada barril queimado nos motores de carros, caminhões, ônibus, tratores, navios e aviões.

E, segundo a diretora-executiva do IBP, Fernanda Delgado, essa será uma vantagem competitiva importante quando o mercado internacional passar a adotar a quantidade de dióxido de carbono como métrica.

Hoje, o Brasil produz 3 milhões de barris de petróleo por dia, com o pré-sal da Bacia de Santos respondendo por cerca de 70% dessa produção. E a expectativa é que o País alcance os 5,2 milhões de barris/dia até 2025. Atualmente, exportamos um milhão de barris/dia.

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E, ainda que o mundo planeje emissões líquidas zeradas em 2050 (Net Zero), isso não significa que o petróleo será proibido. Na prática, a recomendação é que as emissões de gases do efeito estufa sejam anuladas através da captura desse carbono nas florestas, por exemplo.

Portanto, segundo especialistas no setor, o Brasil não pode ter toda sua energia dependente de uma única matriz, seja ela hidrelétrica, solar, eólica ou hidrocarbonetos.

Ou seja, as atividades de petróleo e gás continuarão sendo essenciais nos próximos anos para viabilizar uma transição energética segura e sustentável, garantindo o fornecimento estável no País e respeitando o interesse das gerações atuais e futuras.

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E metade das emissões brasileiras de gases do efeito estufa vem da derrubada de florestas...

 

Filosofia do campo:

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“Louvado seja aquele que, correndo por entre os escombros da guerra, da política e das desgraças públicas, preserva sua honra intacta”, Simón Bolívar (1783/1830), militar e revolucionário venezuelano, líder nas lutas pela independência de Bolívia, Equador, Peru, Colômbia, Venezuela e Panamá.

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