Repórter da Terra
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Deste domingo até o próximo sábado, a cidade catarinense de Blumenau promove um dos maiores eventos cervejeiros do mundo. E o ponto alto da programação é o 11º Concurso Brasileiro da Cerveja, que promoverá a degustação de 4.085 rótulos. Toda essa alquimia de sabores e aromas reflete a produção de 565 cervejarias artesanais espalhadas por 25 estados. Só Acre e Roraima não têm cervejas inscritas no Concurso. Ao todo, serão avaliados 166 estilos diferentes da bebida.
Em um ano, o número de cervejas inscritas cresceu 12%, comprovando que as artesanais caíram no gosto do brasileiro. Em 2022, a cervejaria gaúcha Alem Bier, da cidade de Flores da Cunha, foi a campeã, com dez medalhas, sendo quatro de ouro. As vencedoras deste ano representarão o País em concursos na Bélgica, Alemanha e Itália.
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Blumenau integra o circuito Vale da Cerveja, composto também pelos municípios de Indaial, Gaspar, Pomerode, Timbó, Apiúna, Ascurra, Benedito Novo, Botuverá, Brusque, Doutor Pedrinho, Guabiruba, Rio dos Cedros e Rodeio. A região rivaliza com Ribeirão Preto, que produz um milhão de litros de cerveja/chopp por mês.
Apesar do evidente crescimento do setor, o Brasil depende do lúpulo importado. Só em 2021, o País gastou R$ 450 milhões porque a flor minúscula que dá aroma e sabor à cerveja custa caro: o produto é vendido em embalagens de 400 gramas, que valem, em média, R$ 300,00.
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Diante dessa constação, cientistas trabalham desde 2018 para desenvolver uma planta genuinamente brasileira, compatível com nosso clima e nossos solos, e com sabor e aroma únicos no mundo.
E a Serra Fluminense surge como ambiente promissor para o cultivo. Uma área pequena, com apenas 200 hectares, foi considerada a mais apta, mas as plantações crescem no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Norte; em pequenas propriedades que atendem microcervejarias locais.
A primeira tentativa de produção de lúpulo foi em 1869, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Na época, foram plantados 159 pés. Apesar do sucesso inicial, o calor dizimou o cultivo. Somente em 2016, quase 150 anos depois, o lúpulo voltou a ser produzido no Brasil.
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Quem diria...
A indústria do etanol comemorou a volta do imposto sobre os combustíveis, anunciada nesta semana pelo Governo Federal, com alíquota maior para a gasolina em relação ao biocombustível.
...que até o agro...
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“Ao escolher o caminho da responsabilidade fiscal, social e ambiental, com o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis, o governo do Presidente Lula, liderado pelo Ministro Haddad, demonstra seu compromisso com o Brasil, ao dar aplicação prática ao discurso ambiental, em linha com o fortalecimento da economia de baixo carbono”, disse a União da Indústria de Cana e Bioenergia em nota.
... elogiaria decisão de Lula
A Organização de Associações de Produtores de Cana também emitiu nota: "A solução atende à questão ambiental, demonstrando o compromisso com o fortalecimento de uma economia sustentável, uma vez que valoriza o etanol enquanto combustível limpo e, principalmente, restabelece o diferencial de alíquotas previsto na Constituição Federal, cumprindo seu artigo 225”.
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Filosofia do campo:
“Todo homem nasce original e morre plágio”, Millôr Fernandes (1923/2012), jornalista carioca.
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