Repórter da Terra

Ceia de Natal dos brasileiros tem pratos com sabores e aromas exclusivos e originais

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Salpicão, arroz à grega, farofa com frutas e castanhas, pirarucu ‘de casaca’ e bode assado são pratos com o DNA do Brasil. Todos eles são receitas desenvolvidas com a originalidade dos frutos da terra. De tão exclusivos, alguns são desconhecidos até em outras regiões do próprio País. Com personalidade, esses pratos não compõem o cardápio das festas de final de ano em nenhum outro lugar do Planeta

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A farofa, por exemplo, é uma herança da culinária indígena que surgiu antes mesmo da chegada dos portugueses, atravessou os séculos e ganhou configurações regionais. Na Região Centro-Oeste, ela pode ter castanhas de baru, fruto típico do Cerrado, o bioma mais comum nos estados do Brasil Central.

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Já no Nordeste, a farofa pode conter o sabor das castanhas de caju. No Sul e no Sudeste, frutas, como a uva passa, a maçã, a banana e até a manga podem ser adicionadas à receita. Nos últimos anos, até o maracujá passou a ser incorporado à farinha de mandioca ou de milho.

Da Grécia, o arroz à grega só tem a referência do nome. Brasileiríssimo, o prato surgiu da necessidade de aproveitamento integral de ingredientes que acabaram unidos e reciclados. E essa alquimia que evita o desperdício dá nova roupagem ao arroz do dia anterior, adicionado às sobras de milho, ervilha e cenoura.  O salpicão é outra invenção brasileira e também soma sobras ao frango ou ao peru desfiados.

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Em Minas Gerais e no Centro-Oeste, a galinha caipira e as leitoas assadas costumam reunir as famílias à mesa no almoço de Natal. Já na Região Norte, o pirarucu, o gigante dos rios amazônicos, é o destaque da ceia. Enquanto isso, no Nordeste, a estrela das festas de final de ano costuma ser o bode assado, especialmente nas cidades do interior.

Já em Santa Catarina e no Paraná, campeões na produção de aves e suínos, o cardápio é mais previsível devido à abundância dessas proteínas. No Rio Grande do Sul, o churrasco segue sendo campeão na hora de reunir as famílias para celebrar o fim de um ciclo e a chegada do Ano Novo.

Nas taças, espumantes das serras gaúcha e catarinense, cervejas artesanais com adição de sabores e aromas regionais, cachaça de alambique e até a exclusivíssima cajuína.

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Feita à base de caju, a bebida é reconhecida oficialmente como patrimônio cultural do Piauí e sua produção é, oficialmente, classificada como patrimônio imaterial do Brasil.

A cajuína está tão presente no DNA do Estado que inspirou até Caetano Veloso, durante uma visita a Teresina, a compor uma canção em homenagem ao piauiense Torquato Neto. O poeta foi um dos nomes mais importantes da Tropicália, movimento de contracultura gestado no início da Ditadura Militar (1964/1985).

Mais biodiesel,...

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O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou na última terça-feira um aumento na mistura de biodiesel no diesel convencional. Assim, a partir de março, a quantidade de biodiesel no combustível derivado do petróleo subirá dos atuais 12% para 14%. Até então, o cronograma oficial previa um aumento para ‘apenas’ 13% em 2024. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também anunciou que foi antecipada para 2025 a mistura de 15%, anteriormente prevista apenas para 2026.

...menos calor

Com a decisão, a demanda por biodiesel no Brasil deve aumentar 22% na comparação com 2023. Assim, caminhões, ônibus e máquinas deverão consumir 8,9 bilhões de litros em 2024. A estimativa é da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais. O B14 vai beneficiar principalmente o setor de soja, cujo óleo responde por 70% da matéria-prima utilizada na fabricação do biocombustível. Os combustíveis fósseis, como o diesel e a gasolina, são os grandes vilões do aquecimento global.

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Caipirinha na praia...

O preço do limão tahiti não para de cair! Conforme antecipou esta coluna desde novembro, a plena safra da fruta, especialmente no município de Itajobi, região de São José do Rio Preto, provocou uma queda de 29% no preço da caixa de 27 quilos da fruta. E essa redução foi verificada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), vinculado à Escola de Agronomia da USP.

...virou caso para o Procon

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Com isso, na porteira da fazenda, o quilo da lima ácida tahiti fechou a primeira quinzena valendo R$ 0,66. Acontece que, nesta semana, a fruta estava sendo vendida por valores próximos dos R$ 8,00, o quilo, no Centro de Santos. Ou seja, entre o produtor e o consumidor, o preço do limão tahiti aumenta mais de 1.200%. Portanto, esse ganho abusivo dos intermediários entre a fazenda e a dona de casa precisa ser investigado pelos órgãos de proteção ao consumidor...

Filosofia do campo:

“Oh Deus, salve o oratório onde Deus fez a morada, oiá/Onde Deus fez a morada, oiá meu Deus/Onde mora o cálix bento e a hóstia consagrada/E a hóstia consagrada, oiá, meu Deus...”, Milton Nascimento, cantor e compositor mineiro, em ‘Cálix Bento’.

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