Repórter da Terra
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Há 13 meses, o mundo enfrenta calor recorde. E, em julho e agosto, uma seca severa deverá castigar lavouras no entorno do Mar Negro, onde estão gigantes do fornecimento global de grãos, como Rússia e Ucrânia. Essa condição acende o alerta no mercado internacional de milho e de girassol. Em maio, o trigo já bateu recorde de preços em dez anos devido ao clima adverso na terra de Putin, Dostoiévski, Barichnikov e Lênin, maior exportadora global do cereal. A Índia registrou apenas um quinto da chuva esperada na época das monções, fenômeno que faz do País o segundo maior produtor mundial de arroz.
Nos Estados Unidos: calor intenso na Costa Leste e chuva excessiva na região Meio Oeste, principal produtora de grãos do País. Há o temor de enchentes. À medida que o impacto da mudança climática se intensifica, vastas regiões na China enfrentam, também, calor extremo e chuvas abaixo do normal. As informações são da Agência Reuters de Notícias.
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Enquanto isso, o Brasil colhe a segunda safra de milho e planta a safra anual de trigo, em condições ainda inadequadas no preparo do solo no Rio Grande do Sul, principal produtor do grão no País.
E, em um mercado globalizado, quebras de safras levam os traders a buscar em outros fornecedores os produtos impactados pelo clima, o que pode impulsionar ainda mais a participação do agronegócio brasileiro no mercado internacional.
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E o dólar valorizado frente ao real neste momento torna os produtos brasileiros mais baratos no exterior, o que pode ampliar nossas exportações de milho, soja e arroz.
Com menos oferta interna de grãos e pressão no exterior, o cenário sinaliza uma possível alta nos preços dos grãos e, consequentemente, das carnes no mercado interno no segundo semestre...
A Superintendência de Distribuição e Logística da Agência Nacional do Petróleo já se manifestou favoravelmente à adição de biodiesel ao óleo bunker, que move os navios. O pedido foi feito pela Petrobras, que desde o ano passado vem testando diferentes percentuais da mistura.
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A Petrobras e a Transpetro têm avaliado a mistura em um navio transportador de gás liquefeito de petróleo. E, segundo o site EPBR, a experiência mais recente foi com 24% de biodiesel na mistura. Esse percentual subiu após um teste-piloto bem-sucedido com a adição de 10% de biocombustível ao óleo derivado de petróleo.
Além do aumento do volume de óleo renovável adicionado ao bunker, a Petrobras acrescentou sebo de boi como matéria-prima no biodiesel, no percentual de 30%. O restante é óleo de soja.
Além do biodiesel, há outras alternativas para a descarbonização do transporte marítimo, considerada uma das atividades que mais emitem gases do efeito estufa. De 2021 para cá, a carteira global de pedidos está em mais de cem navios “verdes”, movidos a metanol, em construção nos estaleiros nos quatro cantos do mundo.
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O fascínio provocado pela aurora boreal ganhou novas nuances desde que o físico espacial da Universidade de Tóquio, Keisuke Hosokawa, revelou imagens captadas por sua equipe no Natal de 2022. Captadas por uma câmera robótica apontada para o céu, acima das ilhas norueguesas de Svalbard, no Oceano Ártico, as imagens publicadas no último dia 21 revelaram a mágica aurora de chuva polar.
Raríssima, a aurora de chuva polar havia sido captada pela última vez em maio de 1999, a partir de satélites. Esse fenômeno raro e brilhante se forma quando elétrons energéticos do Sol caem em cascata sobre as regiões polares da Terra nos raros momentos em que o chamado vento solar está “fraco”.
Fascinantes, as auroras boreais “comuns” se formam quando partículas carregadas que fluem do Sol atingem e interagem com o campo magnético da Terra. E essa energia é transformada em espetáculos de luz com cortinas verdes dançantes e imponentes pilares vermelhos.
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Segundo a revista científica Nature, as auroras de chuva polar são diferentes, um tipo especial que se forma quando elétrons que viajam diretamente da coroa do Sol colidem com a atmosfera da Terra. Essas auroras são excepcionais porque raramente há elétrons suficientes atingindo a atmosfera para gerar brilho. Mas, durante 28 horas em dezembro de 2022, o vento solar se reduziu-se a um fio e os elétrons da chuva polar caíram desimpedidos sobre a Terra, criando um brilho esverdeado que se estendeu por mais de três mil quilômetros através do Polo Norte.
“Sol, girassol, verde, vento solar/Você ainda quer dançar comigo?/Vento solar e estrelas do mar/Um girassol da cor de seu cabelo/Se eu morrer não chore não, é só a lua/É seu vestido cor de maravilha nua/Ainda moro nessa mesma rua/Como vai você?...”, Lô Borges, cantor e compositor mineiro, em ‘Um girassol da Cor do Seu Cabelo’.
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