Repórter da Terra

Brasil vai colher 1,5 tonelada de feijão, arroz, milho e soja por habitante em 24/25

PEXELS/Livier Garcia

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atualizou a projeção da safra de grãos para o ano safra 2024/25. E o documento publicado na última terça-feira em parceria com o Banco do Brasil esboça uma produção de 326,9 milhões de toneladas de arroz, feijão, milho, soja e outros cereais. Caso o clima se mantenha comportado e essa previsão se confirme, o País terá uma colheita recorde, apesar do cenário apocalíptico com as queimadas das últimas semanas. Nos próximos 12 meses, os destaques devem ser o arroz e a soja.

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Com área plantada expandida e maior produtividade, a expectativa é de uma colheita de soja de 166,3 milhões de toneladas, volume 12,82% superior ao ano-safra 2023/24. Já o espaço projetado para o cultivo do arroz deverá crescer 11,1%, o que deve render 12 milhões de toneladas do grão, igualando o recorde da temporada 2017/18. No feijão, a projeção é de 3,28 milhões de toneladas, igualando o recorde do ano-safra 2016/17, volume suficiente para abastecer o mercado interno.

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É óbvio que essa produção não servirá apenas à alimentação humana. O milho vira, também, ração para bois, vacas, suínos, frangos e galinhas. Do cereal extrai-se até etanol, e a demanda para produção do biocombustível deverá crescer 17,3%, compensando as perdas com as queimadas nos canaviais de São Paulo.

Mas, para ilustrar o que significará essa safra recorde, se as projeções contidas na 12ª edição do relatório Perspectivas para a Agropecuária se confirmarem, o Brasil produzirá 1,55 tonelada de grão para cada habitante.

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E esse recorde na colheita de grãos projetado pela Conab sugere fartura na mesa dos brasileiros pelos próximos 12 meses, o que deve manter a inflação dos alimentos em níveis aceitáveis.

Parte desse otimismo se deve à incidência do fenômeno La Niña, previsto para atuar sobre o País nos próximos meses. Isso deve mudar o cenário de seca e queimadas em breve, recuperando a umidade do solo e devolvendo o verde ao Brasil Central. Em contrapartida, o La Niña, que é provocado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico, costuma ser desfavorável na Região Sul devido às chuvas inconstantes.

O panorama torna-se ainda mais favorável ao consumidor brasileiro devido ao corte nos juros básicos da economia norte-americana determinado nesta semana pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. Juro menor por lá reduz o valor do dólar aqui. E isso torna os produtos brasileiros menos atrativos no exterior.

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Portanto, a tendência é que uma menor concorrência com as exportações nos próximos meses garanta pleno abastecimento no Brasil.

Mais carne também

A Conab e o Banco do Brasil também projetam recordes na oferta de carne suína e de frango em 2025. A expectativa é que o País produza 5,45 milhões de toneladas de carne suína. Já para a carne de frango, as projeções apontam para 15,5 milhões de toneladas. Esse bom desempenho reflete o custo baixo dos grãos e os investimentos para atender à demanda internacional pelas proteínas animais, aliada à segurança sanitária que impediu a entrada da gripe aviária nas granjas do País.

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Há algo mais no universo...

Doutoranda no Instituto Kavli de Astrofísica e Pesquisa Espacial do Massachussets Institute of Technology (MIT), Dominika Ďurovčíková vive para desvendar quando as “luzes do universo se acenderam”.

...que suas lutas diárias...

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Para esclarecer esse mistério que acompanha a humanidade desde sempre, Dominika investiga quasares distantes, que são buracos negros antigos que emitem quantidades intensas de luz — e quanto mais longe eles estão, mais informações fornecem sobre o universo primordial. E ela observa o universo através das lentes superpotentes do Telescópio Espacial James Webb e dos telescópios Magellan, instalados no Deserto do Atacama, no Chile.

...e isso é arqueologia estelar

Sua pesquisa recente se concentrou na chamada Época da Reionização. Esse é o período em que a radiação de quasares, estrelas, galáxias e outros corpos emissores de luz conseguiram finalmente atravessar as nuvens escuras de átomos de hidrogênio deixadas pelo Big Bang, após a explosão que deu origem ao universo. Em seu artigo mais recente, Dominika examinou 18 quasares cuja luz começou a viajar entre 770 milhões e 950 milhões de anos após o Big Bang. Só a partir desse momento a Via Láctea e as constelações passaram a ilustrar os céus. Foi nesse período que as luzes se acenderam no universo, que se fez a luz. Mas quando isso aconteceu, precisamente?

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Filosofia do campo:

“É bom deixar um pouco de ternura e encanto, diferente de herança, em cada lugar. Rastro de flor e estrela, nuvem e mar. Meu destino é mais longe e meu passo mais rápido. A sombra é que vai devagar”, Cecília Meireles, (1901/1964), escritora e jornalista carioca, em ‘Mar Absoluto’.

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