Repórter da Terra

Brasil produzirá 1.440 quilos de feijão, arroz, milho e trigo por habitante em 2023

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A Companhia Nacional de Abastecimento estima que o Brasil colherá neste novo ano 312,2 milhões de toneladas de grãos. Isso significa que o País produzirá o equivalente a 1.440 quilos de arroz, feijão, milho, soja e trigo por habitante. Ou seja, é como se a terra ofertasse 120 quilos de grãos por mês para cada um dos 216 milhões de brasileiros, que é a população estimada pelo IBGE para 2023. A projeção da Conab foi feita em dezembro e prevê uma safra 15% maior que a de 2022. Em números absolutos, isso significa que o Brasil deverá produzir 40,8 milhões de toneladas de grãos a mais que em 2022.

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A área total de plantio será de 77 milhões de hectares (equivalente à de 77 milhões de campos de futebol), com expansão da soja e do milho.

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Com a conclusão do plantio da primeira safra,em dezembro, as atenções agora estão voltadaspara a evolução das lavouras e o clima. E a expectativa é de redução de 9,5% na área destinada ao arroz, o que poderá provocar aperto na oferta do cereal e aumento nos preços ao consumidor no segundo semestre.

O feijão também aponta redução de 2,3% na área semeada. A produção total do grão, somadas as três safras a serem colhidas em 2023, é estimada em 2,9 milhões de toneladas. E esse volume é inferior ao histórico de consumo anual no País, que fica em torno de 3,3 milhões de toneladas.

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Portanto, é provável que o preço do feijão continue pressionado em 2023, exigindo, mais uma vez, a importação de feijão preto da Argentina.

‘Tá ruim, mas tá bão’

Depois de anos, o agro deve fechar 2022 com queda de 4,1% no PIB específico do setor, que é a soma de todas as riquezas produzidas em um período. Os motivos foram a quebra na safra da soja e a disparada no preço de defensivos e fertilizantes. A boa notícia é que a Confederação Nacional da Agricultura projeta alta de 2,5% no PIB do setor em 2023 com o aumento na safra de grãos.

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La Niña, guerra, energia e...

Mas, os alimentos devem continuar caros em 2023. E os motivos são a perspectiva de La Niñapelo terceiro ano seguido, o que já causou crises alimentares globais em 1973/76 e 1998/01, e a continuidade da Guerra na Ucrânia, que eleva o custo com energia e cria embaraços à produção e à exportação de grãos. 

...o preço da comida em 2023

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Segundo a publicação World Economic Outlook, do Fundo Monetário Internacional, uma queda de 1% nas colheitas globais eleva os preços das commodities alimentares em 8,5%. E uma altade 1% no petróleo aumenta o valor dos alimentos em 0,2%...

Os ouriços, o mar, e...

Uma empresa de cultivo de ouriços-do-mar em cativeiro no Japão acaba de obter o primeiro crédito de carbono azul do mundo. A técnica de criação protege bancos de algas altamente explorados, permitindo que eles se recuperem.

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...o sequestro de carbono

Essa metodologia foi reconhecida cientificamente em 2022 e permite o sequestro de carbono da atmosfera, contribuindo para o combate ao aquecimento global.

Filosofia do campo:

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“Não precisamos de noites claras, assim não podemos ver as estrelas...”, Akira Kurosawa(1919/1998), cineasta japonês, no filme ‘Sonhos’ (1990).

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