Olhar Filosófico

Um 2022 absurdo, segundo Régis

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Se fosse para jogar confete na lama que será 2022, nem escreveria este artigo.

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Mas, ei, espere aí, antes de me xingar e trazer à lembrança adjetivos não carinhosos sobre a senhora minha mãe, quero lhe dizer que também trago coisas boas em revelações nem pessimistas ou otimistas, mas de um realismo fantástico e incomplacente.

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Que não teremos um ano fácil, até as pedras já sabem.

Politicamente tenebroso, esse inverno medieval em que entramos desde 2016 irá continuar.

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Aliás, daquele período em diante, início do efeito looping em terras tupiniquins, passei a contar esses anos com letras, 2016 A, 2016 B, 2016 C etc.

Portanto, no dia 1 de janeiro de 2022, reiniciamos finalmente o ano 2016 F.

E por todas as minhas contas e análises advindas de uma abdução em que me foi dado, pelo fato de ser simpático e antiaderente, o segredo do universo diretamente das mãos daquele que julguei ser o grande mestre, constatei que teremos, ainda, três ciclos involutivos importantes e um ciclo de esperança.

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E tudo se explica na mais perfeita lógica e encadeamento razoável de causas e consequências a dominar nossos dias.

O primeiro ciclo: a Terra ficará mais quente e nesta parte do trópico, no hemisfério sul, nesse nosso Brasil, teremos oscilações gigantescas de temperatura. O planalto central comanda esse ciclo e continuará a arder como o inferno que já é. Disse-me o grande mestre verde e cabeçudo que enquanto a legião (não urbana) lá estiver, o calor será como soda cáustica. Por conta da insuportável temperatura, queimarão mais dinheiro, mais terras, mais empregos, mais animais e mais florestas.

Todavia, tudo indica que esse ciclo involutivo se encerrará com os ventos fortes de fim de ano que varrerão de volta ao esgoto histórico grande parte dessas entidades do submundo que não podemos dizer os nomes.

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O segundo ciclo: a copa do mundo de futebol será um fracasso, uma tristeza. Mas, veja só, depois que os jogadores deixarem o Qatar, importantes mudanças ocorrerão nas tratativas comerciais dos órgãos bilaterais internacionais. Segundo o grande mestre da minha abdução, que às vezes me lembrava bastante uma uva verde espetada num palito gigante, isso ocorrerá porque dentre os jogadores há um extraterrestre infiltrado que emanará energia de fofura intergaláctica nos líderes mundiais que acompanharão o evento.

O terceiro ciclo: esse é bem doloroso. Teremos um carnaval virótico fora de época. Grupos musicais de ocasião comandarão a exposição ao vírus vigente e serão as vozes dos dirigentes públicos e empresários irresponsáveis que teimam em lucrar com a morte alheia. Porém, vai passar. Será mais um tempo de “página infeliz da nossa história, passagem desbotada na memória das nossas novas gerações”, assim tranquilizou-me Régis, que é o nome que se deu o mestre da minha abdução. Para cada comunicado ele escolhe um nome de fácil identificação, antes, disse-me que havia escolhido Aurora. Ri bastante, mas acabei levando um choque psicossomático.

Bem, por fim, teremos um ciclo novo repleto de esperança: “a primavera virá e a tialúcia não faltará ao chamamento, fique em paz. Depois do apocalipse, uma flor há de brotar no asfalto das cidades. Quanto a você, vida longa e próspera”, foram as últimas palavras de Régis em tom telepático que interpretei como sarcasmo e pena.

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