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O que aconteceria se o filósofo grego Sócrates, um dos maiores pensadores da história, encontrasse o jogador brasileiro Sócrates, um dos maiores craques da história do futebol?
Imaginemos que os dois Sócrates se encontrassem numa livraria de Santos, aqui no litoral de São Paulo. O encontro seria organizado pelo filósofo e escritor Mário Sérgio Cortella, que estaria lançando seu milésimo livro, “A importância dos intelectuais”.
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O encontro começaria com uma breve apresentação de Cortella, contando um pouco sobre a vida e a obra de Sócrates, o filósofo. Ele ressaltaria a importância do pensamento crítico e da busca pela verdade, características que sempre foram associadas ao filósofo grego.
Em seguida, Cortella convidaria o jogador Sócrates para falar sobre sua carreira e suas ideias. O ex-jogador começaria contando como começou a jogar futebol. Diria que sempre foi apaixonado pelo esporte e que sempre sonhou em se tornar um profissional na área. Também falaria sobre a importância da educação e da cultura. Que acredita que a educação é a chave para o desenvolvimento pessoal e social, que ama filosofia, gosta de literatura e assistir filmes. E que sempre foi um fã de Sócrates, o filósofo, que leu muitos livros sobre ele e, inclusive, se inspirou em muitas de suas ideias.
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Sócrates, o filósofo, ficaria feliz com a declaração do jogador, emendando: “É uma honra saber que sou um ídolo seu. E fico feliz em saber que você acredita no poder da filosofia.”
Após a apresentação do jogador Sócrates, Cortella abriria o microfone para perguntas da plateia. Um homem perguntaria sobre a importância dos intelectuais.
Sócrates, o filósofo, responderia à pergunta dizendo que os intelectuais são essenciais para a sociedade. Que os intelectuais são responsáveis por questionar o status quo e propor novas ideias.
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“Os intelectuais são os guardiões do pensamento profundo”, diria Sócrates. “Eles são os que nos ajudam a pensar criticamente e a tomar decisões com base no bom senso.”
Sócrates, o jogador, concordaria com a resposta do filósofo, dizendo que acredita que os intelectuais são importantes para a sociedade, mas que, na opinião dele, é fundamental que as pessoas “comuns” (não só os “intelectuais profissionais”) sejam educadas e informadas com o máximo do conhecimento adquirido da humanidade. Afinal, os trabalhadores e seus filhos são também intelectuais na compreensão prática da luta de classes, na quebra das ideologias e na superação das desigualdades: “Não podemos depender apenas dos intelectuais acadêmicos, profissionais. Todos nós temos um papel a desempenhar na construção de uma sociedade melhor.”
A conversa entre os dois Sócrates também seria um momento de humor. Sócrates, o filósofo, era um homem de fala mansa e culta. Sócrates, o jogador, era um homem extrovertido e falastrão. Os dois tinham estilos muito diferentes de comunicação. Sócrates, o filósofo, falava com frases longas e complexas. Sócrates, o jogador, falava com frases curtas e diretas.
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Em alguns momentos, a conversa entre eles seria um pouco confusa. Sócrates, o filósofo, às vezes não entendia o que Sócrates, o jogador, estava dizendo. E Sócrates, o jogador, às vezes não entendia o que Sócrates, o filósofo, estava falando.
Mas, apesar das diferenças, os dois Sócrates conseguiriam se entender e aprender com a conversa um do outro.
O encontro terminaria com uma conversa descontraída entre os dois Sócrates. Que, ainda, conversariam sobre futebol, política e filosofia.
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Um bate-papo um tanto inesperado, mas que certamente ficaria na memória de todos. Cortella já teria se retirado no início da sessão de autógrafos.
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