Olhar Filosófico

Aquela da Maristela

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Adoro contar essa história. É aquela da Maristela, a companheira do Amir que num  belo dia fez o que fez! Adoro!

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Lembro que toda vez que ia contar ao Luiz Augusto, antes que eu começasse com o meu jeito único de dar graça ao desespero, ele já se mijava de rir. E olha que tem aquela morte no meio. Eu é que não me aguento de não fazer troça... Coitado do Luiz Augusto, de fato se mijava pelo fato já sabido e ainda nem narrado por mim. Aquele fato. O fato. Fato aquele que não deixa de ser bizarro e um pouco trivial também. É muito estranho, mas a margem para o sarro me permitiu atuar sempre do meu jeito quando me pediam ou perguntavam, Como foi mesmo aquela história com a Maristela e do Amir?! Ou só da Maristela? (Kkkkkkkk)

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Foi o seguinte... (Pausa!) Só de me lembrar desse começo, desse meu começo, desse mau começo da história, eu mesmo não me aguento de rir por dentro, às vezes, tem gente que ri mais de mim do que da tal história do Amir com a tal. Enfim, foi o seguinte... Se bem me lembro (óbvio que me lembro!!), era um domingo de Santos e Jabaquara. Uma partida assim inusitada só aconteceu porque era um evento beneficente e os campeonatos já tinham acabado. Daqueles que se leva um par de roupas ou um quilo de alimento não perecível. E isso é só o estilingue da memória me mandando não esquecer. Um ponto cego, fora da narrativa da minha (inenarrável) narração, mas dentro daquela coisa de marcar um ponto para lembrar do acontecido. Bom, dia de futebol inusitado. E tudo aconteceu em São Paulo, pois naquele santo dia, nem em Santos ou na Baixada estávamos. E estávamos em 8 ou 15, aí é mais difícil mesmo. E sempre lembro do jogo por causa do Amir, que é torcedor fanático da Portuguesa Santista!! De memória foi assim, mas “de cor” é mais difícil, por isso a narração (a minha) vale mais do que a narrativa mesmo na maioria das vezes.

O Amir estava tranquilão na festa. Não queria briga com ninguém e sendo quem era e tendo a força que tinha, era certeza de que não teria briga nenhuma, de ninguém naquela festa. Eita, Amir doidão! Distribuía sopapo que era uma beleza!! Mas tava calmo o bicho solto. Falo com essa intimidade porque começamos a amizade desde os 13 anos, quando a família maluca dele teve que se mudar para Santos, pois o pai dele, seu Amir (chamado de Amir Xarope para os mais chegados), era funcionário de uma empresa portuária que abriu finalmente o escritório no litoral. Estudamos, eu e Amir, no mesmo colégio público, e desde que o conheci fiquei parceiro do cabra, nunca mais levei um croque de ninguém e comecei a provocar até o porteiro mal-encarado e resmungão da fábrica de vidro por onde sempre passávamos na volta pra casa... gratuitamente (claro, sempre que o Amir tava do lado). Mal sabíamos que o cara era um doce, o problema, na verdade, só descobrimos depois, é que por ser alemão e só falar essa língua de grunhidos, sempre achávamos que estava resmungando e xingando até a nossa sétima geração... gratuitamente. E tudo isso posso dizer porque dona Gertudes (que chamavam de Turca) era alemã e nos disse certa vez que o que Jürgen (eis o nome do homem) nos dizia sempre era: “Boa tarde, meninos, estudem para não acabarem como o Jürgen!!” Coitado do cara. Enfim, na festa que nem estávamos dançando, aquele grupo de 7 ou 17 camaradas de que falei antes, aconteceu o tal acontecimento que marcou definitivamente parte das nossas histórias de vida.

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Na verdade (Kkkkkkkk), o Jânio nem era para estar naquela festa, mas chegou meio alto e em cinco ou dez minutos, estava se engraçando para a Maristela em cima daquela mesa reservada para a família Takeda. Foi muito engraçado ver a reação de todos olhando para ele e dizendo quase em uníssono: Tira, tira, tira (Kkkk), e o idiota tirou a cueca (Kkkkk)... Pense num bigato na vertical (aquela larvinha da mosca que na goiaba é fácil de achar), um rolo branco de massa também na vertical (Kkkk), assim, o Jânio. Rapaz, até hoje há quem tenha dúvida se ele é mesmo humano ou um anelídeo branco da cor da farinha de trigo!! Ninguém ainda tinha visto o Jânio nu (aquele grupo de 5 ou 14 que falei antes). Até no futebol ele evitava a todo custo a chuveirada coletiva. Rapaz do céu, esse Jânio. Até onde eu sei, casou e mora no interior (só não sei se é no interior da Terra) (Kkkk) Esse Jânio era osso duro (ou sem osso nenhum). (Kkkkk)

Mas aí, a Maristela riu muito vendo a cena e o Carlos Eriberto, amigo da Filó há anos, não curtiu todo aquele apronto e foi embora mais cedo. Talvez só a Maristela soubesse a razão, não entendemos nada. 

Maristela, Ô Maristela, alguém gritou do outo lado do salão longe da cena do Jânio doidão. Ô Maristela, vai fazer isso mesmo? Tem certeza?! Tem certeza mesmo??!!

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Tenho dúvidas se só eu ouvi esses gritos, além da Maristela, pois ninguém se manifestou e estavam ocupados demais com o maluco anelídeo na mesa da família Ochida, aquela que já citei anteriormente. Maristela se dirigiu à voz e calou por um instante... Ah! Nessa parte da história, toda vez que eu reconto, o Martins faz até cocô na calça de tanto medo e de tanto rir ao mesmo tempo. Eu sou demais mesmo... (Kkkkkkk) Cocô e rindo, todo melado... (Kkkkk) 

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