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O empreendedorismo é um tema da moda. O discurso prestigia o verbo empreender. No mundo em que os empregos estão acabando e as profissões também, pois a cada dia aumenta a relação das que vão desaparecer em poucos anos, a receita é inovar. Exercer uma atividade prazerosa e que garanta sustento de quem a exerce e de seus dependentes.
A economia informal existe no Brasil há muito tempo. O vendedor de picolés na praia, aquele que passa todos os dias a vender pamonha em sua kombi, o amolador de facas, o carinho de “beiju”, as geringonças coloridas que vendem tapioca e açaí, as banquinhas com lenços, incensos, máscaras africanas e tantos outros objetos, tudo isso mostra que as pessoas empreendem.
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Agora, quem quiser de fato empreender, criar uma pequena empresa, fazê-la prosperar, precisa ralar. É o verbo que os jovens conhecem e que significa empenho, devotamento, sacrifício, força de vontade e ousadia.
O livro “Excelência CEO – As seis mentalidades que distinguem os melhores líderes do resto”, de três especialistas da consultoria McKinsey, Vikram Malhotra, Scott Keller e Carolyn Dewar, indicam que vencer é para quem é capaz. As seis mentalidades são: direcionar a empresa, alinhar a organização, mobilizar através dos líderes, gerenciar a própria eficácia, conectar com stakeholders e engajar o conselho de administração. Claro que uma micro-empresa ou até mesmo o micro-empresário da MEI – Micro Empresa Individual, não poderá desenvolver tais atributos. Mas alguma coisa se pode extrair deles. Por exemplo: saber o que se vai fazer. Planejar antes. Não se arriscar levianamente. Isso é direcionar a empresa.
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Alinhar a organização é ter controle de custos e de ganhos. Gerenciar a própria eficácia é não ter preguiça. Para chegar lá, é preciso sacrifício e força de vontade. Conectar com os stakeholders é manter o cliente satisfeito. Isso às vezes se consegue com uma palavra gentil, com um sorriso, com uma postura de acolhimento. Quantos vendedores mal educados afugentam o freguês? Na era do consumo, o consumidor sempre tem razão. Quem se apercebe disso chega na frente.
Ainda não existe uma receita pronta e acabada. Há muitos sonhos irrealizáveis, mas existem aqueles que são factíveis. Empenhar-se de verdade, não desanimar, suportar as vicissitudes e ter fé em sua própria capacidade é um excelente começo. Depois, descobrir aquilo que as pessoas querem. Sempre dá certo.
* José Renato Nalini é Diretor-Geral da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Geral da Academia Paulista de Letras.
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