José Renato Nalini
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Foto: Cottonbro Studio/Pexel
Os zoomers são os nascidos entre 1997 e 2012 e eles são fascinados pela Inteligência Artificial – IA. Enquanto os mais velhos enxergam cenário apocalíptico, fim dos empregos, domínio das máquinas, essa geração sabe que poderá viver melhor mediante inteligente uso da IA.
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Essa geração representa 13% da população americana. Mas vai crescer. E o Brasil, nação em que a educação tem sido atropelada pela política e pelos interesses empresariais, sequer sabe avaliar quantos são os jovens dessa faixa etária. Isso porque o governo desconhece o potencial do Registro Civil das Pessoas Naturais. Essa delegação do foro extrajudicial é responsável pelo assento de nascimento, de casamento e de óbito de todas as pessoas naturais. Poderia se encarregar de um censo permanente, merecesse um mínimo de atenção de um Estado que só se interessa pela política partidária, não consegue vencer a batalha contra a corrupção e ainda mantém a matriz de pestilência chamada reeleição.
Quem teve a sorte de nascer em um país civilizado teve contato desde criança com dispositivos e serviços digitais. Por isso estão preparados para explorar as novas tecnologias, inclusive a IA, que os não assusta, mas entusiasma.
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Por isso a familiaridade com o ChatGPT, da OpenAI, que escreve desde cartas até redações, formula e esclarece ideias, verifica códigos e ajuda com as finanças. Universidades americanas já incluem IA no currículo. Ensinam a origem da IA, propiciam o uso dessa ferramenta, seus benefícios e limitações. Mais importante ainda, é fazer com que o alunado pense qual será o futuro da IA.
É também promissora a utilização da IA como recurso de pesquisa. Auxiliar a entender conceitos complexos, formular projetos, fazer planejamento, tudo é mais facilitado mediante adequado emprego de algo que foi criado exatamente para isso: tornar melhor a vida, o trabalho e o convívio.
A tecnologia é amiga do humano que sabe se servir dela. O mau uso da IA é vinculado à maldade do bicho que a perverte. Como tudo na vida. O que se faz de uma ferramenta é condicionado à ética, à retidão, ao bom caráter de quem a ela recorre.
*José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, docente do Programa de Pós-graduação da UNINOVE e Secretário da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS.
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