José Renato Nalini
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O Brasil precisa de boas notícias. Chega de terror, de mentiras, de falácias e conspiração. E uma dessas coisas que nos animam é a iniciativa de particulares em relação à deficiência arbórea nesta terra que, nos últimos anos, foi eficiente em destruir todos os seus biomas.
Seis grandes empresas criaram uma organização cuja finalidade será a restauração, conservação e preservação de florestas brasileiras. Itaú Unibanco, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale, fundaram a Biomas, cuja proposta é recuperar dois milhões de hectares de áreas degradadas, começando por plantar dois bilhões de árvores nativas.
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Belíssimo gesto. Algo que deveria ser disseminado em todos os municípios. Basta mencionar o nome dos grupos para verificar que alguns têm agência em todos os lugares. Por que não estimulá-los a atuar naquele espaço em que têm clientes, embora em âmbito mais reduzido? Afinal, o país é que precisa de reposição, pois a sanha assassina da natureza fez muito estrago. Uma árvore demora para crescer. Mas se não se fizer já, imediatamente, os anos necessários a que ela se desenvolva e passe a prestar – gratuita e espontaneamente – os serviços ecossistêmicos naturais e imprescindíveis à conservação de toda espécie de vida no planeta, a situação do aquecimento global ficará cada vez pior.
Os Prefeitos inteligentes e antenados com a urgência do tema climático devem tomar a iniciativa. Se não tomarem, os cidadãos de bem, aquelas almas sensíveis, das quais o Brasil felizmente dispõe, precisam procurar os representantes dessas empresas e instituições financeiras em sua cidade e rogar para que o projeto “Biomas” também se faça presente no âmbito do município.
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Será um “ganha-ganha” para todos: para o ambiente, para a população e para as empresas, que mostrarão sua preocupação e efetiva atuação na mitigação do maior problema que ameaça a humanidade nesta quadra histórica: o aquecimento global, as mudanças climáticas, a própria sobrevivência da vida, à qual só se empresta valor quando ela nos foge.
Cada pessoa ecologicamente consciente pode deflagrar esse processo de conferir escala a uma excelente ideia. Só precisa de um pouco de vontade e de demonstrar sua preocupação com o futuro da Terra.
* José Renato Nalini é Diretor-Geral da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Geral da Academia Paulista de Letras.
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