José Renato Nalini

Lições de envelhecer

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Aprende-se a envelhecer sozinho. Mas há alunos que são reprovados. Não se conformam com a passagem dos anos. Ficam revoltados. Mal-humorados e amargos. Para estes, seria bom ler Sanjay Gupta, autor do livro “Mente Afiada”, publicado recentemente no Brasil pela editora Sextante.

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Dentre os conselhos que ele oferece, estão manter a mente ativa. Ter um objetivo, um propósito, nunca deixar o cérebro inativo. Aquilo que não se usa é destinado a se deteriorar e a perder suas faculdades. Isso depende da pessoa e de sua história. Muitos são os que não conseguiram perseguir os seus sonhos, por uma série infinita de razões. Nenhum deles se viabiliza agora na maturidade avançada?

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Pensar em leitura, em escrever memórias, em assistir novamente aqueles filmes que nos marcaram, nos emocionaram, ouvir as músicas preferidas e tentar cantá-las, se possível em outro idioma. De igual forma, atuar em teatro amador, escrever pequenas peças ou tentar compor poesia, retomando um projeto que foi relegado para quando se tivesse tempo. E esse tempo é o de hoje!

Jardinagem, formação de mudas, coleta de sementes, reposição de árvores eliminadas, associar-se a uma entidade de defesa do ambiente, tudo abre oportunidades novas para quem se sente inútil, por já haver vencido etapas no trabalho e tem horas preciosas ainda disponíveis.

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Algo de que o Brasil se ressente é de mecenato e de adesão ao voluntariado. Num país que tem trinta e três milhões de famintos, milhões de desempregados, milhões de analfabetos, há muita coisa a ser feita. Como diz o Evangelho, “a messe é grande e poucos os operários”. Quem se dispuser a deixar de olhar o próprio umbigo e pensar nos que precisam de atenção, consideração, respeito e cidadania, verá que não é tão difícil envelhecer, desde que se sinta efetivamente útil.

Além disso, Gupta recomenda exercícios físicos, cuidar do sono, saber relaxar, manter-se conectado – de preferência fora das redes – e enfatiza o poder do toque: estar com outras pessoas e compartilhar com elas um sorriso é libertador. Lições existem: agora é segui-las.

 

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*José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Presidente da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS – 2021-2022.

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