José Renato Nalini

É possível ser feliz no trabalho?

Continua depois da publicidade

Foto: BROOKE CAGLE/UNPLASH

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

O trabalho não precisa ser castigo. Essa visão de que “sobreviverás com o suor do seu rosto”, herança cristã de literalidade polêmica, tem de ser revista em nossos dias. 

Continua depois da publicidade

Quando se faz aquilo de que se gosta, o trabalho é um prazer. No livro “A busca: encontrando um trabalho significativo em uma pós carreira”, o americano Bruce Feiler explora o tema de como descobrir um trabalho que se ame. Nessa obra, ele faz vinte e uma perguntas para ajudar alguém a encontrar essa atividade remunerada e prazerosa. 

Começa com três pontos: olhar para o passado é o primeiro deles. O que o interessado aprendeu sobre o trabalho de seus pais. Quais os aspectos positivos e quais os negativos. Em segundo lugar, encarar o presente. O que pretendo priorizar neste estágio de minha vida? Dinheiro, família ou criatividade?

Continua depois da publicidade

Terceiro, as perguntas sobre o futuro. Como é que você se enxerga daqui a dez ou vinte anos? O seu trabalho tornará o mundo melhor? Você pensa em ter colegas de trabalho que possam também ser seus amigos? Qual a sua preocupação pessoal com o projeto de salvar o planeta, que deve ser o compromisso de todos os viventes?

A juventude tem melhores condições de responder satisfatoriamente às três perguntas. A COVID-19 teve como subproduto interessante, fazer com que o jovem pensasse o que realmente quer da vida. O trabalho precisa dar sentido à existência.

O livro fala em “pós careia”, porque a concepção tradicional de carreira, criada há um século, coincidentemente com o fenômeno da urbanização, já não prepondera. Hoje, a cada dois anos e meio podem ocorrer mudanças. O sucesso não pode ser avaliado apenas em termos financeiros. O êxito e a felicidade pessoal não se vinculam a status. Principalmente, pensar que hoje não existem padrões. Cada qual é o senhor de seu destino. Ou da parte mais importante dele. 

Continua depois da publicidade

Os sonhos mudam ao longo do tempo. Adaptar-se ao inesperado é algo que a contemporaneidade exige de cada um de nós. Vive-se uma só vez. Procure o trabalho que traga prazer e, com ele, a felicidade humana possível. 

* José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Geral da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software