Continua depois da publicidade
O negacionismo continua inabalável, a dizer que os incêndios que se multiplicaram em agosto e continuarão nos próximos meses, são “naturais”. Nada é natural. Tudo é consequência da insensatez humana ao insistir no uso de combustíveis fósseis que expelem gases venenosos, causadores do efeito estufa e de destruir as florestas que poderiam garantir clima saudável para todos.
Não vai chover de setembro a novembro no Brasil. E ninguém garante que a chuva ocorra depois. Com isso, o recorde de incêndios na Amazônia, no Pantanal e no Cerrado expelirão fumaça que chegará até São Paulo. E, infelizmente, nosso Estado que só possuía fogo excepcionalmente, está posto em chamas pela criminalidade.
Continua depois da publicidade
O Instituto Nacional de Pesquisas Especiais apurou o pior registro da situação na Amazônia brasileira; são 38.266 focos. Uma rotina de fogo e fumaça. Ambos maléficos, ambos letais.
No Acre, o governo proibiu atividades físicas nas escolas e recomendou o uso de máscaras pela população. É surreal o registro de 270 microgramas de material particulado por metro cúbico, se o índice que indica ar péssimo não poderia ultrapassar 125 microgramas.
Continua depois da publicidade
As colunas de fumaça partem da Amazônia, são desviados pela Cordilheira dos Andes e chegam ao sudeste. Aqui, nem precisaríamos da fumaça amazônica, pois temos os nossos próprios incêndios. As cidades que registravam incêndio na primeira semana de setembro eram Jardinópolis, Dois Córregos, Pedregulho, São Simão, Pompéia, Piracicaba, Monte Alegre do Sul, Altinópolis e Cunha. Outras quarenta e oito cidades estão em alerta máximo para incêndios. A umidade relativa do ar está em 20%, quando o mínimo para não prejudicar a saúde seria 60%.
O que fazer com o bicho-homem, que prefere acabar com o planeta, em lugar de conservá-lo tão saudável como o encontrou ao nascer?
Que haja juízo em todas as cidades, para a recomposição de suas matas, para a formação de florestas urbanas, para a regeneração das matas ciliares e restauração dos córregos que sepultamos para construir vias asfálticas, a serviço do automóvel.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade