José Renato Nalini
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O cooperativismo é um pensamento além de positivo. É verdadeiramente mágico. Ele é que permite que uma parte dos resíduos sólidos produzidos em São Paulo sejam reciclados. É urgente incentivar a formação de mais cooperativas, que demonstram a valia do trabalho coletivo e potencializam a viabilidade de fazer funcionar negócios impossíveis se confiados a um único indivíduo.
Tomei conhecimento, ainda, de outro notável exemplo de cooperativismo. É a Veiling Holambra, que explora a produção de flores naquela simpática cidade da região de Campinas. É considerada a mais moderna e completa cooperativa de flores e plantas do Brasil. Adota elogiáveis ações na área socioambiental.
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Uma delas: um sistema de captação de água pluvial com capacidade para onze milhões de litros. Faz rendosa reciclagem, compatível com sua qualidade de centro comercial e logístico a operar com estrutura integralmente planejada. São 420 sócios, mais de mil clientes e 500 colaboradores. Os princípios sustentáveis, para a Veiling, não são proclamações retóricas estéreis. Não só para o funcionamento interno da Cooperativa Holambra, mas também com apoio ao entorno, em comunidades como Artur Nogueira, Santo Antonio de Posse, Jaguariúna e Mogi Mirim.
A sustentabilidade está também no uso de três mil placas solares e quatro usinas dentro da cooperativa, o que significa economia superior a seiscentos mil reais em energia elétrica durante o ano. Tudo o que não é vendido é triturado e retorna coo adubo. O plástico passa por uma prensa, ganhando destino novo. Com isso, restringe-se expressivamente a remessa de material para aterros sanitários.
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Existe ainda preocupação com a formação de pessoal que se interesse pelas profissões concernentes ao cultivo de plantas ornamentais e de flores, num trabalho junto às escolas da região. A preocupação ecológica é algo ínsito aos holandeses, que têm um relacionamento muito saudável com a natureza. E isso prevalece em Holambra, modelo que deve ser conhecido por aqueles que pretendam implementar o cooperativismo em seus projetos.
* José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.
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