José Renato Nalini
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Só a ignorância tosca e a má-fé deixam de considerar a mudança climática e o aquecimento global como o maior perigo para a humanidade. A ciência e a inteligência comprovam que os eventos extremos derivam da inclemente forma pela qual exaurimos o planeta e nos portamos como irracionais. Por isso, em boa hora vem a cultura ESG, da sigla em inglês para propor tratamento conciliado e simultâneo das questões ambientais, sociais e de governança corporativa. É uma derradeira oportunidade que os humanos terão de reverter a catástrofe.
Um projeto deficiente de educação pública, focada na memorização de informações, todas disponíveis a um clique em qualquer bugiganga eletrônica, não fez de nossa juventude algo comparável com aquela do Primeiro Mundo. Onde celeiros de imaginativa criatividade produzem startups que se convertem nos ambicionados “unicórnios”, quando ultrapassam o valor de um milhão de dólares.
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Diante da pregação infame de quem quer ver deserto em vez de floresta, não é fácil despertar infância e mocidade para uma reação à desfaçatez e a tudo o que é nefando. Mesmo assim, algumas empresas têm procurado mostrar aos seus clientes que é urgente cuidar da Terra. Produzem de forma ecologicamente correta e conseguem um nicho na preferência do consumidor.
Animador verificar que duas delas parecem levar a sério esse compromisso com a natureza. A Ypê já plantou mais de um milhão de árvores em parceria com a SOS Mata Atlântica. Cuida de 240 rios em 17 Estados, investe em fontes energéticas renováveis para a fabricação da linha de lava-roupas em pó, que reduziu em 50% a emissão de gases do efeito-estufa. Melhora a reciclabilidade das embalagens e iniciou o Projeto “Rios sem Plástico”, para retirar o lixo flutuante dos rios brasileiros.
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Omo, da multinacional Unilever, também está colaborando para tornar o mundo menos poluído. Adota mecanismos para reduzir o impacto de sua produção e colabora com o Fundo para o Clima e a Natureza, por ela criado para corrigir os erros perpetrados e que a Unilever avalia em sete bilhões de reais para proteção e regeneração da natureza.
O consumidor precisa prestar atenção nisso e, se for consciente, só escolherá marcas que atuem, efetivamente, em prol da salvação da Terra.
*José Renato Nalini, Presidente da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS
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