José Renato Nalini
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Ao ouvir Marco Antonio Carvalho Teixeira, cientista político da FGV, tem-se interessante perspectiva das eleições de outubro próximo. Ele prevê poucas possibilidades de mudança do cenário até outubro. Não surgiu conjuntura crítica forte que possa alterar a rota do processo. Longa estabilidade, perspectivas remotas de alteração.
Ele analisa a metodologia da mídia, que é muito meticulosa e há pouca margem de mudança. Desde novembro de 2021 até junho de 2022, não oscilou a tendência. Há possibilidade do pleito se encerrar no primeiro turno.
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O agregador do Estadão também mostra isso. Foram catorze pesquisas e em relação aos votos válidos, a possibilidade de decisão do primeiro turno já não é tão remota.
O que acontece nos Estados? Em cada Estado, o ambiente é diverso. A Genial quaest acerta sempre. Na Bahia, ACM Neto dispara em relação a João Roma. Na Bahia, os padrinhos têm capacidade grande de alterar o jogo local. O debate nacional impacta o Estado: Lula com 63% e Bolsonaro com 17%. Isso traz problema para ACM Neto, que não quer se aliar ao governo federal.
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Em Minas, a situação mostra influência grande dos padrinhos. Zema: 41% e Alexandre Kalil 30%. Votos para Presidente: esta é a aposta do Kalil. Praticamente empate entre os dois principais contendores.
Rio e SP, quadro mais complexo. No Rio, Castro, atual governador, tem 25% e Freixo com 18%. Eleição presidencial: Lula e Bolsonaro disputam eleitores um a um. São Paulo: situação ainda mais complexa. Haddad com 27% e Tarcísio 14%. Disputa próxima entre Lula e Bolsonaro. Não se sabe qual o potencial de Rodrigo Garcia. O cientista considera injusta a rejeição a Dória, considerado o resultado da gestão.
Não há ambiente propício à mudança no âmbito nacional. Inexiste, até hoje, uma perspectiva em que Simone Tebet possa subir. Como a terceira via demorou tanto, os Estados já se definiram. A perspectiva de ascensão de Simone é reduzida. A candidatura dela teve um custo enorme: Doria e Leite tiveram de sair do páreo.
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Em todas as eleições recentes, a popularidade do governo conta: FHC tinha 23% da aprovação e Dilma 40%, idem. Tudo conspira para uma estabilidade das intenções de voto. Serão eleitores: a inflação, os preços de supermercado, os combustíveis, tudo isso influenciará as eleições.
Como é que votarão os trinta e três milhões de famintos? A conferir. Agora falta pouco para outubro.
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*José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Presidente da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS – 2021-2022.
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