José Renato Nalini
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A Inteligência Artificial veio para ficar. Ela já tomou conta de nós. Não vivemos sem ela. Ou vamos deixar de nos servir dos computadores, dos celulares, do PIX, dos cartões de crédito, do controle das entradas nos edifícios modernos, dos exames laboratoriais obtidos pela internet?
Não é preciso temer a IA. Ela nos ajuda a economizar tempo, o insumo que não se pode comprar. Ninguém pode estender por um dia a sua partida desta Terra. Se a hora chegou, ela não transige.
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Em todos os setores, a IA mostra a que veio. E suas incríveis vantagens. Não é só na economia formal, na prestação de serviços, na automação de operações cansativas e monótonas, em que ela substitui e supera a mão-de-obra humana.
Aquilo que já se via na ficção científica, em que a tecnologia aperfeiçoa as habilidades humanas, acontece agora nos esportes. Ela encontra respostas complexas que, sozinho, o humano talvez não conseguisse identificar. Nas práticas coletivas, as táticas e estratégias são outras, desde que nesse universo ingressou a IA.
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O acúmulo de dados sobre algumas situações permite sejam feitas combinações e análises e detectar soluções mais eficientes. É uma área em que a ML (Machine Learning, que assimila os dados e os organiza) e a RNA (Rede Neural Artificial) atuam de maneira a copiar a funcionalidade de um cérebro humano.
Quem diria que a IA, servindo-se de uma técnica de visão computacional, indique como se comportará um jogador na quadra. Precisa análise de sua velocidade, direção e frequência de movimentos, permitirá chegar à eficácia das jogadas.
As áreas mais beneficiadas pela IA nos esportes são a atividade e análise, para modelagem do resultado, rastreamento do jogador e da bola, tipos de movimento e auxílio ao árbitro. Ela também ajuda a identificar talentos, elabora métodos de treinos e calcula o valor de um atleta, com análise de sua biomecânica e até pode fixar o preço a ser cobrado pelo ingresso e o marketing esportivo. Aquilo que já era comum nos jogos de tabuleiro, principalmente o xadrez, chegou aos demais esportes, principalmente os que necessitam de uma equipe coesa e afinada.
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É tempo de os professores de Educação Física terem aulas de IA e aprenderem técnicas viáveis para produzir mais campeões. Estes continuam a ser insubstituíveis. Graças a Deus!
* José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Geral da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS.
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