Engenharia do Cinema

Sem pagar pedágio, 'Mallandro' diverte com seu humor pastelão

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Em uma era onde várias cinebiografias estão sendo lançadas massivamente nos cinemas, seja de nomes nacionais ou internacionais, muitas são prejudicadas pelo fator "você quer ver o restante da história? Então acompanhe a minissérie na plataforma X", que faz muitos espectadores se absterem de conferir estas produções nas telonas. 
"Mallandro: O Errado Que Deu Certo" não usufruiu desta técnica, mas acabou se prejudicando pela fórmula de seus concorrentes (inclusive nem chegou a figurar entre os Top 10, nas bilheterias nacionais na semana de seu lançamento).

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Fugindo das habituais narrativas de longas como "Meu Nome é Gal" e "Mussum", a história de Sérgio Mallandro satiriza o seu pior período na carreira, onde durante os anos 90, após ser demitido do SBT só tinha R$ 7,00 na carteira e nenhuma oportunidade de trabalho. Aqui ele traz esta história para os dias atuais e coloca alguns toques do seu próprio humor pastelão.
Após ser eliminado de um reality-show, Sérgio Mallandro (interpretado por ele mesmo) se vê em uma maré de dívidas e é forçado a tentar vários outros trabalhos aleatórios para conseguir sobreviver e sustentar seus filhos Mila (Marianna Alexandre) e Lucca (Guilherme Garcia). 

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Abrindo com a icônica música "Metal Glu Glu", da banda Massacration (cujo próprio Mallandro participa), sentimos que esta produção se trata de um conjunto de homenagens ao legado do próprio comediante, cujas referências não se prendem apenas ao clássico "Lua de Cristal".

O roteiro de autoria do próprio Mallandro com Pedro Antonio, Sylvio Gonçalves e Ulisses Mattos procura realizar um humor que funciona no estilo de esquetes televisivas, pelas quais, muitas delas funcionam e não se repetem constantemente, por conta de uma sutileza inserida na própria trama.

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Conhecido por bordões como “Há!”, “glu glu” e “ié ié”, a história brinca com o fato dele sempre ser conhecido por todos por conta deste quesito e como isso é prejudicial em determinadas situações (sejam cotidianas ou profissionais). Mesmo com o roteiro tentando forçar alguns momentos dramáticos (quase sempre com fundo cômico), eles funcionam se você já comprou a premissa da trama. 

Obviamente que vários amigos pessoais do próprio Sérginho Mallandro, iriam fazer breves aparições no formato de esquetes, por isso, há espaço para nomes como Renato Rabelo (o co-host do seu podcast, Papagaio Falante), Xuxa, Zico, Nany People, Marcelo Marrom, Lúcio Mauro Filho até mesmo seu próprio filho Serginho Cavalcanti. Algumas funcionam, outras estão inseridas gratuitamente. 

Em meio a uma maré de produções nacionais de qualidade questionáveis, "Mallandro: O Errado Que Deu Certo" é uma produção que não apenas é o que seu título diz, como diverte quem procura um entretenimento escapista. 

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