'Round 6' retorna com a mesma fórmula de 'estica e puxa' da Netflix

Após o inesperado sucesso da primeira temporada de "Round 6", a Netflix se viu com uma nova atração de peso. Então, o serviço tratou de anunciar uma segunda temporada, e mais recentemente uma terceira (que chegará ainda neste ano e promete ser a última), que surge com uma sensação de "não precisava".

É perceptível que o criador e showrunner da atração, Hwang Dong-hyuk, só retornou por conta do cachê (algo que inclusive ele confirmou em entrevistas) e teve o auxílio do streaming para tomar algumas decisões criativas. Estas, inclusive, são as mesmas vistas em séries como "La Casa de Papel" e "Cobra Kai".

Depois de se tornar o grande vencedor de um jogo de sobrevivência e levar um prêmio milionário, Seong Gi-hun (Lee Jung-jae) resolve tentar acabar com a icônica "brincadeira" e caçar os responsáveis por ela. Só que no meio do caminho, ele acaba por conta própria resolvendo mais uma vez ir parar no jogo. Com novos desafios, ele se vê em um cenário ainda pior do que passou.

A princípio, a única sensação que temos ao ver Gi-hun resolvendo retornar ao cenário dos jogos mortais é "você deve ser o grande psicopata da situação". Para não cair na mesmice, Dong-hyuk optou por brincar não apenas com o seu protagonista, mas com o próprio espectador (que também não sabe qual será o próximo desafio). 

Só que ele peca em algumas decisões no roteiro, como o excesso de confiança que Gi-hun deposita justamente no número 001 (Lee Byung-hun), pelo qual já sabíamos que se tratava do grande vilão. Depois do arco envolvendo o mesmo participante na temporada anterior, faltou ele transparecer alguma desconfiança em relação às pessoas por conta dessa e outras experiências negativas. 

Com desafios mais violentos e situações inesperadas, há o famoso "não há como sabermos quem vai sobreviver". Dos novos nomes, um que consegue roubar a cena é a jogadora Hyun-ju/Jogadora Número 120 (Park Sung-hoon), pois além de ter uma história tensa fora do local, ela se assume de extrema importância à medida que a trama avança.

A segunda temporada de "Round 6" termina com a reflexão de que, nem sempre tentar repetir o sucesso pode resultar em algo positivo.