'O Casal Perfeito' é mais um acerto de Kidman nas telinhas

Após se tornar uma das atrizes mais respeitadas do cinema, Nicole Kidman virou um importante nome nas telinhas. Após os sucessos em "Big Little Lies", "Nove Desconhecidos", "Operação Lioness", "The Undoing" e "Expatriadas", ela lançou sua primeira minissérie de suspense para a Netflix, "O Casal Perfeito". 

Baseado no livro de Elin Hilderbrand, após um misterioso assassinato acontecer no fim de semana do casamento de Amelia Sacks (Eve Hewson) e Benji Winbury (Billy Howle), todos que estavam no local se transformam em potênciais suspeitos. 

Dividida em seis episódios, eles funcionam como uma espécie de quebra-cabeça, pelos quais as peças nem sempre parecem encaixar. Por conta deste cenário misterioso, a diretora Susanne Bier (que já trabalhou com Kidman em "The Undoing") nos coloca na função de assumir o papel dos investigadores.

Passamos a desconfiar de todos os personagens, apenas pela sutileza que ela insere ao apresentá-los e os motivos pelos quais eles poderiam ter cometido tal ato. Seja um olhar discreto de Greer (Kidman) pela janela, um sorriso debochado de seu marido Tag (Liev Schreiber) e as constantes brigas e sarcasmos do filho do casal Thomas (Jack Reynor) e sua esposa (Dakota Fanning). Situações como as citadas, fazem estes e outros nomes se tornarem potenciais responsáveis pelo fato. 

Assim como as minisséries citadas, Bier coloca seus intérpretes em um patamar da alta-sociedade, com o intuito de mostrar sua hipocrisia diante das câmeras e em situações que podem colocar seus status em cheque. 

Por conta deste fator, é executada sútil rivalidade entre Greer e Amelia, pois há uma demonstração da clássica história da "menina pobre, entrando no mundo dos ricos por conta do cônjuge". Porém, é o ponto fraco da história, pois em meio à várias subtramas, essa torna ela ser um pouco mais novelesca. 

"O Casal Perfeito" é uma interessante minissérie, pela qual merece uma visita no vasto catálogo da Netflix.