Engenharia do Cinema
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O ator Chris Pine sempre foi um galã que, na maioria dos casos, estrela produções de qualidade, independente do gênero (seja "Star Trek" e "Guerra é Guerra"). Em sua estreia como diretor e roteirista em "O Cara da Piscina", parece que ele literalmente estava vivendo um período de ilusão na carreira ou em alguma realidade paralela, pois a única coisa que pensei enquanto conferia esta produção: porque diabos este filme foi feito?
A história gira em torno do limpador de piscinas Darren Barrenman (Pine), um homem pacato que vive com o intuito de manter a integridade de Los Angeles, e escreve cartas recorrentes para a própria Erin Brockovich (a real, não a atriz Julia Roberts), comentando seus trabalhos em prol da sustentabilidade. Ao descobrir a possibilidade de um esquema de corrupção no município, ele começa uma inusitada investigação.
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O estilo nonsense sempre fez sucesso nos EUA e no decorrer do mundo, com franquias como "Monty Python" e "Apertem os Cintos Que o Piloto Sumiu". Se essa foi a ideia de Pine com o roteirista Ian Gotler, eles estavam realmente em um delírio coletivo, pois não há um objetivo concreto como os citados.
Darren é um personagem não apenas desinteressante, como suas motivações não fazem sentido nenhum. Com Pine parecendo um Nicolas Cage em sua fase mais canastrona. O mais vergonhoso é termos nomes como Jennifer Jason Leigh, Danny DeVito e Annette Bening envolvidos em uma produção como esta, em papéis tão medíocres e banais. Embora o segundo ainda tente tirar risos do espectador (sim, estamos falando de uma comédia), sentimos mais pena ao invés de graça.
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"O Cara da Piscina" é um exemplo de quando um ator com algum poder na indústria, quer fazer um projeto por conta própria e sequer se dá o trabalho de analisar se a sua ideia pode render algo plausível.
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