Engenharia do Cinema
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George Clooney e Brad Pitt são amigos de longa data fora das telas. Em "Lobos", a dupla retorna sua primeira parceria depois de quase 16 anos do lançamento de "Queime Depois de Ler". Após ter o lançamento disputado entre a Netflix, Lionsgate, Sony e Apple, a última saiu vitoriosa e chegou até cogitar um lançamento nos cinemas com a terceira, mas foi suspenso por conta da curta janela para disponibilidade em sua plataforma.
Com direção e roteiro de Jon Watts (da recente trilogia de "Homem-Aranha" para a Marvel), a trama é basicamente um monólogo teatral que se sobressai pelo talento dos protagonistas.
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Após uma influente mulher (Amy Ryan) se envolver em um assassinato, ela contrata um profissional (Clooney) para limpar o local. Só que eles não esperavam que outro homem (Pitt), também fosse chamado para o trabalho.
Watts sabe o peso da dupla central, por isso ele explora o perfil extrovertido e juvenil de Pitt com o jeito metódico e correto de Clooney, para nos entregar ótimas piadas e situações inusitadas. Sim, estamos falando de uma produção cujo enredo é em 90% centrado neles.
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Mesmo bebendo de uma fonte já conhecida, ele sabe os cenários que podem ser explorados nestes monólogos. A começar que algumas participações, possuem boas piadas em torno delas como a própria vítima central (Austin Abrams) e o mafioso Dimitri (Zlatko Buric).
Com exceção deste último, a trama nitidamente não se preocupa em apresentar os nomes ou nos fazer criar familiaridade com nenhum personagem. O intuito é exatamente tratar todos eles como se fossem vários "lobos solitários", dentro do seu cenário. Porém, quando há esta quebra de padrão, existe um tratamento mais amplo por trás.
"Lobos" é um divertido retorno da parceria entre Pitt e Clooney, e como estava em mãos certas, resultou em uma divertida produção.
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