Engenharia do Cinema
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Depois de um breve hiato de três anos diante das câmeras para poder cuidar da saúde de seu Pai (que faleceu cinco meses antes do início das gravações), a atriz Hilary Swank mais uma vez deixou claro o motivo dela merecer os dois Oscars de atuação (por "Meninos Não Choram" e "Menina de Ouro"), ao escolher estar em "Uma Vida de Esperança".
Mesmo com uma premissa bem similar aos tradicionais títulos religiosos e dramáticos que são exibidos em exaustão pela "Sessão da Tarde", a sua atuação, somada com a presença do ator Alan Ritchson (intérprete de "Reacher"), nos faz se emocionar em cada arco desta história, cujo roteiro faz questão de enfatizar que ainda há salvação com o ser humano.
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Baseado em fatos reais, a história mostra a a cabeleireira Sharon (Swank) que enfrenta uma sérios problemas com álcool e se depara com uma matéria em um jornal sobre o Pai de duas filhas, Ed (Ritchson) que acabou de ficar viúvo, possui uma série de dívidas e ainda tem arcar com o tratamento de câncer para uma delas. Disposta a ajudar, Sharon começa a estar disposta a mudar a vida desta família.
Vindo de filmes religiosos como "Você Acredita" e "Em Defesa de Cristo", o diretor Jon Gunn nitidamente faz cinema para um espectador que não é habitual na sétima arte. Com uma trilha sonora melancólica, sequências que nos fazem chorar a todo momento e constantes frases de efeito, demonstram que ele sentia certa insegurança do espectador não se familiarizar com o material que ele possuía em mãos. Felizmente, isso não se torna prejudicial ao embarcarmos na história.
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Por conta da naturalidade de Swank e Ritchson, pelos quais convencem o tempo todo como uma alcoólica em tratamento e um Pai de família sem esperança na vida, nós conseguimos comprar a história.
Embora o roteiro de Meg Tilly e Kelly Fremon Craig ainda pregue alguns potenciais exageros, eles chegam a nos motivar a ir no Google depois da exibição para procurar saber se realmente era verdade (e por incrível que pareça, foi).
É nesta hora, que o enredo também faz o espectador refletir o quão o ser humano pode ter um lado de bondade e tentar ajudar ao próximo, dentro do possível (como presenciamos em vários casos no Rio Grande do Sul). Faltava este tipo de produção ter uma certa visibilidade, em determinada situação pela qual o país (e o mundo) está vivendo.
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"Uma Vida de Esperança" é um ótimo retorno de Hilary Swank aos cinemas, com uma narrativa simples, mas humanamente suficiente para tirar várias lágrimas.
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