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'Fallout' é mais uma bem-sucedida adaptação dos games

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Desde que foi anunciada, a série de "Fallout" dividiu muito os fãs do game e do cineasta Jonathan Nolan (irmão de Christopher Nolan e responsável por séries como "Westworld") e sua esposa Lisa Joy (que o acompanha quase sempre em seus projetos, como produtora), pois poderia dar certo demais ou não. Com uma tímida divulgação durante sua produção, a Amazon começou a demonstrar ânimo nas últimas semanas. Com seus oito episódios lançados de uma única vez, felizmente estamos falando de mais outro acerto da plataforma.

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A história se passa em um futuro distópico, onde após a destruição de grande parte do planeta terra, os poucos sobreviventes vivem em bunkers. Após um dos líderes destes (Kyle MacLachlan) ser sequestrado por um grupo de rebeldes, sua filha Lucy (Ella Purnell) resolve ir até a superfície para resgatá-lo. Só que ela não imaginou que iria enfrentar os mais excêntricos seres no caminho.

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A obra procura em um primeiro momento estabelecer o espectador dentro daquele universo de uma maneira simples e pouco executada no meio cinematográfico nos últimos anos (e chega a ser óbvio não usarem mais este clichê): apresentar os personagens e deixarmos a par de suas motivações, durante grande parte do enredo.

Conhecemos Lucy, suas motivações, habilidades, amigos, familiares e a sua importância dentro daquele cenário onde vive. O mesmo pode-se dizer sobre o misterioso antagonista Cooper Howard (Walton Goggins, que veio de longas de Quentin Tarantino como "Os Oito Odiados"), que nos faz refletir quais suas verdadeiras intenções.

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A parte engraçada é que o arco de Maximus (Aaron Moten) chega a ser literalmente um aceno para a Lucasfilm de como deveriam ter realizado a história do personagem Finn (John Boyega), da última trilogia de "Star Wars". Esbanjando um ótimo entrosamento neste universo, criamos afeição aos poucos por sua história e chegamos até a comprar o romance entre ele e Lucy.

Porém, não estamos falando apenas dos humanos que possuem um tratamento digno, pois o cachorro Dogmeat também possui sua trajetória contada desde seu nascimento (para ver tamanho cuidado que foi estabelecido neste enredo).

Em relação ao visual, embora a maior parte seja um verdadeiro oásis (já que estamos falando de um cenário pós-apocalíptico), ele convence bastante, principalmente nos estilos dos bunkers, cujas diferenças são apresentadas de formas sutis (como no comportamento das pessoas e organização do local).

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Como estamos falando de um cenário de conflitos, as cenas de ação não são apenas bem feitas, como apresentam a violência como um recurso cartunesco (se assemelhando com um desenho animado), pelos quais chocam, mas não incomodam o espectador (vide o arco no primeiro episódio, com a invasão no bunker). O auxílio do CGI também é muito bem executado (inclusive, muitas criaturas parecem reais, de tamanha qualidade).

Em seu término, a primeira temporada de "Fallout" não apenas nos deixa ansiosos para o próximo ano (que já foi confirmado), como é mais uma ótima adaptação dos games para as telinhas.

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