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Com Spoilers| 'Deadpool & Wolverine' é o pedido de desculpas da Marvel Studios

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Para falar com profundidade sobre "Deadpool & Wolverine", é necessário comentar algumas passagens e por isso, este texto conterá vários spoilers. Por isso, recomendo que você leia se APENAS não ligar para isso ou já tiver assistido ao filme.

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Desde que foi anunciado sobre o enredo do novo Deadpool não só teria a presença de Hugh Jackman retornando ao papel de Wolverine, como também iria aproveitar a questão dos multiversos e a TVA (mostrados na série "Loki"), um leque de possibilidades foi se abrindo para possíveis aparições surpresas. 

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Como o próprio Ryan Reynolds e Jackman estavam envolvidos na produção e não apenas nutrem amor por seus personagens, como sabem o que os fãs queriam, era certo que teríamos um grande filme evento e foi exatamente isso.

Após falhar ao tentar entrar para os Vingadores com o intuito de surpreender sua ex-namorada Vanessa (Morena Baccarin), Wade (Reynolds) acaba sendo enviado repentinamente para a sede da TVA e é alertado que sua linha do tempo será excluída, após a morte de Logan (Jackman), pois ele era o responsável crucial pela existência dela. Ciente disto, ele começa uma busca pelo próprio para tentar impedir que isso aconteça. 

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O roteiro de Reynolds, Shawn Levy (que também assina a direção), Zeb Wells, Rhett Reese e Paul Wernick, desde o primeiro segundo sabem exatamente que o fã de Deadpool, Wolverine e da Marvel Studios esperariam nesta produção. Então eles resolvem entregar isso, como se fosse uma história totalmente tirada da mente do primeiro.

Com uma sequência de abertura hilária, que envolve uma sátira a continuidade do desfecho de "Logan", com Deadpool lutando violentamente contra agentes da TVA com a ossada de Adamantium do próprio Wolverine, sob a música "Bye Bye Bye", do NSYNC (que diminui a atmosfera dark da situação, e causando vários risos). Assim como nos longas anteriores do personagem, a violência é usada de forma cartunesca, onde mesmo com muito sangue e brutalidade, elas chegam a ser hilárias (principalmente pela escolha de músicas de fundo)

Ao começar pelos shows de referências e fanservices, a produção divide o foco em dois tipos de homenagens, pelas quais se tratam das principais passagens do Wolverine nas HQs como na versão dele baixinha (que é a original), crucificado no X e seu embate contra o Hulk (na versão de Mark Ruffalo). 

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No âmbito cinematográfico há uma verdadeira recordação a 20th Century Fox durante os anos 2000. Além de mostrar cenas dos bastidores dos filmes da Marvel realizados pelo estúdio (durante os créditos finais), a produção fez questão de trazer de volta, de forma inesperada, Chris Evans como Tocha Humana (inclusive pensamos que se tratava do Capitão América) que está hilário; Jennifer Gardner como Elektra (que ainda está em forma para a personagem); Channing Tatum finalmente teve a oportunidade de interpretar Gambit (depois de tentar trazer o longa solo do personagem para as telonas por mais de 10 anos, mas foi arquivado após a compra da Fox), X-23 (Dafne Keen, cuja participação não deveria ter sido revelada nos materiais promocionais) e a mais impactante de todas (principalmente por ele ser o único fora deste leque e os direitos estarem com a New Line Cinema): Wesley Snipes como Blade (cujas piadas foram as melhores). 

Inclusive já deixarei claro que por conta do enorme teor de coisas acontecendo ao mesmo tempo, é mais uma produção que necessita de mais uma visita, pois é um fato que mais easter-eggs e piadas podem ser percebidas por nós.

Diferente do que foi visto em "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura", todas estas participações possuem uma importância para a trama e entregam aquilo que todo fã queria ver em cena: eles lutando violentamente contra vários capangas da vilã. Atire a primeira pedra quem não ficou arrepiado ao ver todos eles juntos com Deadpool e Wolverine, para enfrentarem o exército da vilã Cassandra Nova (Emma Corrin). 

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Irmã de Charles Xavier (que não está no filme), sua performance é automática e não podemos exigir muito dela, visto que o roteiro a coloca apenas como uma antagonista malvada para a trama ter algum objetivo. 

Voltando ao espectro de Reynolds, vemos que o ator não é apenas uma metralhadora se tratando de colocar referências físicas, mas seus diálogos são uma maquina de piadas. Ele extrapola ao máximo a capacidade de brincar com não apenas com a pior fase da Marvel Studios, como sua carreira, vida pessoal e principalmente a agenda Woke.

Por intermédio do personagem Nicepool (a variante lacradora e inútil de Deadpool), ele brinca ao máximo com a hipocrisia dos pseudo-intelectuais e como o excesso deste tipo de pensamento se iguala a uma porta ou uma barreira de chatice. Chega a ser impactante ver isso vindo do mesmo estúdio que recentemente nos entregou obras como "She-Hulk" e "As Marvels", pelas quais se resumem apenas em vender que isso é legal e extremamente importante (tanto que o próprio Nicepool chega a falar que adorou todas as produções da Marvel, depois de "Ultimato").

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"Deadpool & Wolverine" é um presente da Marvel Studios pelas bombas tediosas e horrendas que foram produções do estúdio, em sua maioria, nos últimos quatro anos.

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