Engenharia do Cinema

‘Branca de Neve’ é o último suspiro woke da Disney

Adaptação da animação de 37 estraga o seu legado

Walt Disney Pictures/Divulgação

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Assim como "Emília Pérez", falar sobre as polêmicas do live-action da Disney "Branca de Neve e os Sete Anões" renderia uma pauta gigantesca. Como o foco aqui é apenas retratar o filme em si, irei me abster das eventuais "fofocas de plantão". 

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Porém, é impossível deixar de citar que a produção chegou a passar por um grande período de refilmagens, depois da recepção negativa que recebeu nas sessões testes e dos executivos da própria Disney. Ao conferir a versão final, a sensação é que foi feita uma colcha de retalhos na qual alguns atores não estavam felizes por estarem ali.

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A história é basicamente a mesma de sempre, onde ao descobrir que Branca de Neve (Rachel Zegler) é a "mais bela do reino", a Rainha Má (Gal Gadot) manda um caçador (Ansu Kabia) a levá-la à floresta e a assassinar. Só que ele não consegue fazer isso e manda fugir. Logo, ela acaba conhecendo os sete anões, com os quais começa a criar um vínculo.

Embora o visual remete à animação de 1937, que foi a primeira produção no formato e da própria Disney, o roteiro de Erin Cressida Wilson e Greta Gerwig ("Barbie"), saiu de uma dimensão paralela. Em contradição com a obra original a todo momento, o texto não conversa com o espectador em geral, mas sim com o público woke.

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Para começar, Branca de Neve não tem a engenhosidade e a delicadeza que sempre a caracterizou. Antes, ela chegava na casa dos anões, limpava o local e ainda rezava. Agora, ela apenas aparece na residência, dorme, e os coloca para lavar e cozinhar, enquanto ela canta forçadamente. 

Isso sem mencionar que Zegler não possui expressão alguma, e o roteiro ainda insiste em retratá-la como uma mulher independente. Mesmo que no conto da Disney a relação dela com o Príncipe seja de forma breve, aqui a situação não apenas se prolonga, como o Príncipe (interpretado por Andrew Burnap) parece mais um militante de apartamento com seus amigos que "tentam" ser revolucionários.

Só não podemos falar que torcemos para a vilã, pois Gadot nitidamente deve ter aceitado participar da produção sem ler o roteiro final do projeto. Forçada e canastrona, ela usa e abusa das caretas. Suas breves sequências musicais não sabemos se ela está cantando ou conversando com as pessoas ao seu redor. A única exceção é a que envolve sua transformação em idosa, que está semelhante ao original, e está com a mesma essência. 

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Seu icônico embate com os anões, também não existe. Estes, inclusive, são criaturas místicas, cujas características são uma versão mais light do que havia sido apresentado na animação. Sim, temos versões diferentes de Dunga e Zangado.

"Branca de Neve e os Sete Anões" termina como o ponto final da cultura Woke na Disney, que só deixa comprovado que esta foi a pior fase na casa do Mickey

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